Coordenador do curso de jornalismo da Unifor e empresário do ramo da comunicação, Wagner Borges, fala sobre a mudança na grade curricular da Universidade de Fortaleza (Unifor) e no perfil do novo profissional: o gestor da comunicação.


Segundo Borges, o profissional deve estar preparado para as mudanças da comunicação. “Ele tem que trabalhar com várias ferramentas sem perder a ética da profissão. Jornalismo não é lan house. O jornalista está dentro de grandes empresas, o número de empresários que apostam na comunicação cresce a cada dia”.


Em entrevista à Agência da Boa Notícia (ABN), Wagner Borges, reflete, ainda, sobre a perspectiva empreendora do profissional da comunicação. “Jornalista é multimodal. Ele é pesquisador, assessor, pode atuar no terceiro setor e em outros ramos. Não se limita a empresas de comunicação. Ele precisa se preparar, se tornar um profissional muito bem fundamentado para desenvolver oportunidades”.



(Agência da Boa Notícia) – A Universidade de Fortaleza apresentou o novo currículo para o Curso de Jornalismo. Quais as perspectivas para os profissionais formados na Instituição a partir das mudanças?

(Wagner Borges): O jornalista é um profissional dinâmico, antenado, proativo e deve estar preparado para os desafios e mudanças constantes na comunicação. O profissional trabalha com várias ferramentas sem perder a ética da profissão. Jornalismo não é lan house, o jornalista está dentro de grandes empresas, o número de empresários que apostam na comunicação cresce a cada dia.O trabalho pode ir além das redações. No curso de jornalismo da Unifor há uma preocupação com a formação filosófica e ética, todavia, o aluno precisa entender que ele também pode atuar como profissional liberal e para isso é preciso ter uma visão de gestão para desempenhar um bom trabalho em empresas públicas e privadas e quem saber fazer acontecer e sustentar o seu próprio negócio.

(ABN) –  Quais as principais mudanças no novo currículo do curso?

Estamos trabalhando o aluno com a perspectiva dele se tornar um empreendedor. Jornalista é multimodal. Ele é pesquisador, assessor, pode atuar no terceiro setor e em outros ramos. Não se limita a empresas de comunicação. Ele precisa se preparar, se tornar um profissional muito bem fundamentado para desenvolver oportunidades. Temos poucos jornalistas especializados no agronegócio, moda, esporte e são mercados importantes para o pais. O agronegócio sustenta o país e é muito pouco explorado.  A gestão na comunicação é o que possibilita estar além do produto convencional, é necessário entender de marketing, gestão de uma marca, geopolítica e outros temas de extrema importância para a formação do novo profissional de comunicação. O curso se torna mais exigente, o aluno terá que estudar mais, se esforçar mais. O mercado se torna cada vez mais rigoroso e quer profissionais muito capacitados.

(ABN) – Como você analisa o atual mercado da Comunicação?

Estamos passando por um momento de crise. O mercado está encolhendo por razões econômicas e muitas empresas não conseguem se sustentar. A tendência natural da comunicação é que para você se sair bem nesse mercado é preciso sair da caixa, buscar um diferencial. As empresas de comunicação valorizam aqueles que buscam somar aprendizado, aqueles que saem do perfil mediano. Jornalista deve sempre investir em si. Se você tem um diferencial, a vaga é sua. Qual é o seu diferencial? Qual é a abordagem? Qual é o “biscoito fino” que você terá para oferecer que te faça sobressair dos demais? È isso que o mercado quer e é isso que nós buscamos formar.

(ABN) – E o perfil desse profissional?

Considero o jornalista do século XXI alguém de alta capacidade. É um consultor, preparado para trabalhar em qualquer empresa, colaborando na construção e na imagem diária do seu cliente. Jornalista não é apenas um mediador.


Com informações da jornalista Márcia Rios

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