Diante de 20.747 casos confirmados ou prováveis de ebola e 8.235 mortes relatadas, o anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) da semana passada chegou em boa hora. A OMS confirmou que existem duas vacinas promissoras contra o ebola, que parecem ser seguras e poderão ser testadas em breve na África Ocidental.
Desde a última quinta-feira, 8, a OMS se reúne com os pesquisadores, reguladores, desenvolvedores de vacinas e gestores públicos para discutir o acesso a vacinas e seu financiamento, bem como o status atual dos testes clínicos. “As duas vacinas contra o ebola que já foram submetidas a uma primeira fase de testes têm um perfil aceitável de segurança”, afirmou, em coletiva de imprensa em Genebra, a diretora-geral assistente da OMS para Sistemas de Saúde e Inovação, Marie-Paule Kieny.
Testes
A segunda fase de testes consiste em dar a vacina a voluntários saudáveis em áreas afetadas. Essa etapa, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), está prestes a começar. De acordo com um porta-voz da ONU, as equipes de pesquisa foram criadas e preparadas para entrar em ação na Libéria, Serra Leoa e Guiné, os três países mais atingidos pelo surto atual sem precedentes.
“Ainda há muito a ser feito na Libéria para ficarmos livre do ebola”, destacou Ismail Ould Cheikh Ahmed, chefe da Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência ao Ebola (UNMEER). Mesmo mostrando otimismo em relação à situação do ebola no país, Ahmed reconhece que o país ainda enfrenta muitos desafios para conter o surto. “Se nós não enfrentarmos o ebola em nível local não chegaremos ao número zero de casos tão cedo. É importante que os líderes comunitários e religiosos e suas próprias comunidades não só reconheçam a existência do ebola, mas também a batalha entre a demora das pessoas em mudar seus comportamentos em relação à doença contra um tempo extremamente limitado para contê-la”, acrescentou.
Em tempo
Números recentes da OMS contabilizam um total de 20.747 casos confirmados, casos prováveis ou casos suspeitos de ebola, com 8.235 mortes relatadas.
Com informações da ONU Brasil
*Crédito Foto: OMS/M. Missioneiro