A aguardada estréia do filme “Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito”, que retrata a saga de um dos maiores humanistas da História do Brasil, ocorreu dia 29 de agosto nas principais cidades do país. Exatamente no dia em que este inesquecível cearense, Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, completaria 177 anos de nascimento em sua última existência na Terra.

Público emocionado e boca-a-boca espontâneo após as sessões em todo o Brasil indicam, quem sabe, o início de uma nova era do cinema brasileiro: a do cinema transcendental.

E isso não é novidade para quem acompanha este movimento espiritual em favor da Vida. Através da arte e da cultura, milhares de consciências são despertadas para uma reflexão sobre o verdadeiro sentido de nossas vidas: o amor, a fraternidade e a Paz de espírito.

Um exemplo próximo de nós desse interesse crescente das pessoas por algo que preencha o vazio existencial é a Mostra Brasileira de Teatro Transcendental, que em sua sexta edição não pára de se expandir e conquistar cada vez mais platéias. As pessoas estão cansadas do modelo reinante, onde o “Ter” é mais importante que o “Ser”. Tanta violência, miséria , injustiça e desamor já são o bastante para saturar o Ser Humano com o mínimo de sensibilidade.

 

Durante a produção do filme, duas coisas me marcaram. Primeiro, a certeza de que não estamos sozinhos neste planeta de provas e expiações. Havia uma conspiração divina permeando a construção do longa. Desde o início, tudo certo. A imprensa brasileira, especialmente a do Ceará, deu um show de incentivo ao filme, que quebra paradigmas históricos, pois não traz cenas de violência, sexo, traição, corrupção, favelas e carros capotando, tão comuns nas produções recentes do cinema. Além disso, é o primeiro longa de época produzido e gravado no Ceará e a ser distribuído pela Fox Filmes, com o apoio da Globo Filmes na promoção.

 

Também me impressionou constatar que Dr. Bezerra está “vivo” em corações e mentes do mundo inteiro! E detalhe: ele é admirado não apenas pelos Espíritas, filosofia que assumira publicamente no século XIX e que escandalizou a sociedade carioca na época. O “Médico dos Pobres” é querido também por católicos, legionários da boa vontade e umbandistas de todo o país.

O filme, realizado com amor e dedicação, tem belíssima inspiração de Glauber Filho e Joel Pimentel na direção e do ator Carlos Vereza, interpretando Bezerra de Menezes. O elenco de atores cearenses liderados por B. de Paiva está impecável. Os detalhes da produção, que vão do nascimento do Dr. Bezerra, em 1831, até a sua desencarnação, em 1900, incluem figurinos de época.

O sucesso, porém, ainda não está garantido: o filme só ficará em cartaz se houver comparecimento do público logo nas primeiras semanas. Que paradoxo! É a lei de mercado imposta pelo consumismo, primo-irmão do materialismo tão combatido por Bezerra de Menezes.

Agora resta a você conferir o filme. Esperamos que goste. Se isso acontecer, divulgue com seus familares, amigos e colegas de trabalho. Vamos todos ao cinema participar deste momento histórico!

* Artigo publicado no jornal O Povo e reproduzido neste site com autorização do autor

Luís Eduardo Grangeiro Girão
– Diretor da ONG Agência da Boa Notícia e da ONG Estação da Luz
boanoticia@boanoticia.org.br

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