A soberania, o terrorismo, o território, o petróleo e a religião servem quase sempre para justificar as guerras no mundo, mas há mais coisas e interesses que saltam aos olhos da humanidade.


A decisão sobre a guerra é de minoria, ou seja, de alguns dos 217 governantes e/ou líderes religiosos e não dos quase 7 bilhões de habitantes da Terra.


Algum leitor ainda acredita na existência de democracia? Não há justa causa para qualquer que seja a guerra, pois o desejo de beligerância é estado patológico do sujeito. Em contrário, teríamos que admitir que o normal ou o desejável é a guerra e não a paz.


A ignorância arregimenta as massas e o homem é iludido por ideal inglório, pois pensa que vai defender o seu país e há nos países beligerantes monumento com homenagem subliminar ao “soldado desconhecido” escrito na lapide: não sabemos o seu nome, mas sabemos muito bem o que você fez pela nossa pátria.


Se o homem pudesse decidir livremente se quer ou não ir à guerra, nunca mais haveria conflitos no mundo, basta ver que em todos os países o serviço militar é obrigatório e não facultativo e os que desejam ir à guerra, saibam que são suicidas inconscientes, pois o terrorista e o fanático religioso sofrem de perturbação mental e devem buscar tratamento.


Não há “guerra justa”, pois sendo assim teríamos que também aceitar a “morte inocente justa” e ambas ferem fatalmente o direito fundamental e inalienável que é a vida e não é judicioso buscar lacunas obscuras para tentar justificar o “direito à guerra”.


Há perigo iminente de guerra mundial termonuclear e o resultado será imprevisível e a vida humana corre risco real de extinção. Depois das atrocidades de Hitler, Stálin e outros totalitários, foi sugerido em 1948, no Congresso de Higiene Mental de Londres, que os líderes mundiais fossem submetidos à análise a fim de reduzir os instintos agressivos e beligerantes para que a tão almejada paz perpétua fosse alcançada.


Extrai-se dessa proposta que o problema da beligerância está nos governantes e não necessariamente na sociedade, pois nada temos a ver com a loucura dos governantes beligerantes.


* Artigo publicado em 23.08.2009 no jornal Diário do Nordeste e reproduzido neste site com autorização do autor.




Luís Olímpio Ferraz Melo

– Psicanalista e pós-graduando em Gestão Ambiental.

felicidade@secrel.com.br

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