Aos cinco anos de idade, Merriah (no canto direito da imagem) foi para um orfanato após sofrer abuso e negligência de pais com problemas de saúde mental e de dependêncis química. Por nove longos anos, ela foi e voltou entre vários lares adotivos e a casa da mãe, sem nunca vivenciar a estabilidade de uma família normal.Durante anos, a criança viveu com o medo constante de nunca conseguir ser adotada. “Eu sabia o que era adoção, mas simplesmente não achava que isso fosse algo que aconteceria comigo”, disse Merriah. “Eu me sentia invisível, desabafou.”

Tudo isso começou a mudar quando ela foi encaminhada para a Fundação Dave Thomas, nos Estados Unidos. A instituição possui profissionais de adoção dedicados a encontrar famílias permanentes para jovens que muitas vezes são esquecidos nos orfanatos. Um dos recrutadores, Megan, conheceu Merriah e disponibilizou para a jovem uma rede de apoio com a qual ela passou a ter contato regularmente.

Foi durante esse período que Merriah foi apresentsada à Emilie e John. O casal conheceu a adolescente de Nova York por meio de atividades comunitárias e jantares, ocasiões nas quais ouviam o que estava acontecendo na vida da garota. Com o tempo, Merriah começou a construir uma relação de confiança com o casal e passou a se abrir cada vez mais sobre a sua história pessoal.

Eles criaram um vínculo inquebrável, até que finalmente, pouco antes de seu aniversário de 15 anos, Emilie e John anunciaram o desejo de eternizar esse vínculo com a adolescente e a adotaram como filha. “Foi como tirar um peso enorme do meu peito saber que não precisaria mais me preocupar em não ter um lar de verdade. Nunca senti um alívio tão grande em toda a minha vida”, disse Merriah.  Pela primeira vez, a jovem ganhou, além de um pai – um lar amoroso e permanente – mas também uma irmãzinha linda. “Ela é a luz da minha vida”, completou.

Muitos americanos afirmam que não adotariam um adolescente, alegando que seria muito difícil integrar à família um filho adotivo nessa faixa etária. Merriah e muitos adolescentes como ela já provaram que isso nem sempre é verdade. “Para mudar esse tipo de atitude, talvez seja preciso apenas encontrar um adolescente carente e dar a ele a chance de contar o seu lado da história”, sugere Merriah.  Agora,  ela estuda para concluir o ensino médio. Depois, pretende ir para a faculdade e ingressar na academia para se tornar uma bombeira. Merriah também demonstra inclinação pelas artes e sonha ainda em abrir uma empresa de gerenciamento de mídia e design.

“Acho que para o futuro dela, as oportunidades são infinitas”, declarou Emilie sem esconder o orgulho da filha. “Ela já  demonstrou que pode fazer qualquer coisa que quiser.”

Somente nos Estados Unidos, a cada ano, 20.000 jovens acabam envelhecendo e alcançam a idade máxima para o sistema de adoção sem conseguirem uma família. Adolescentes, que, como Merriah, ainda estão esperando que alguém chegue  para adotá-los.

Texto original em inglês. Fonte: https://www.goodnewsnetwork.org/

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