A filosofia antiga da Grécia culminou com os estóicos, o Mestre Zenon e seus discípulos que chegaram a uma conclusão gloriosa, vinte e quatro séculos antes da nossa era, que na vida humana há uma coisa muito mais importante de que todos os fatos: o valor do sujeito. O valor do sujeito é que valoriza a vida humana, os fatos podem ser descobertos, mas o valor criado por nós, pelo nosso EU é o que dá sentido a existência na Terra.


Muitos ainda não sabem que o que valoriza a vida humana não são os fatos, as circunstâncias e os objetos, não é o “ter” de Epicuro e nem o “não ter” de Diógenes, mas o “ser” dos estóicos. Pela consciência do ser, o homem valoriza a sua vida, e valoriza até os fatos. Huberto Rodhen, filósofo contemporâneo costuma representar o “ter” pelo zero e o “ser” pelo um. O zero colocado depois do um, vira 10, 100 ou 1.000. Fazendo uma analogia com a matemática pode-se ilustrar bem a filosofia, mostrando que se o número “um” vem antes do “zero”, o “um” valoriza o “zero”. Ao contrário se o “zero” representado pelo “ter” vem antes do “um” representado “ser”, o zero desvaloriza o um.


Quando o “ser” vem antes dos zeros do “ter”, valoriza-se até o “ter”. Pode-se associar o “ser” aos teres. Não precisa jogar fora os ter mas pode valorizar os zeros pelo “ser”. Ter pela consciência do ser o homem valoriza sua vida e até os fatos. Isto é filosofia integral dos estóicos.


Os neo-platônicos de Alexandria, os últimos representantes da filosofia Grega, no fim do antigo testamento e princípio do cristianismo, eram três: Filo, o judeu, Plotino, o pagão e Orígenes, o cristão continuaram na mesma filosofia de Zenon que a nossa vida humana pode ser integral se conseguirmos conscientizar o valor do nosso ser, associando a consciência do valor do “eu” a todos os fatos do “ego”. Este é um grande avanço da filosofia grega e hoje grandes pensadores estão reafirmando a mesma ideia.


Hoje no segundo milênio da era cristã, grandes pensadores estão reafirmando a mesma ideia. Einstein diz “do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores. Os valores vem de outra região”. Os fatos são o “ter” do ego, mas isto não valoriza a vida. A vida só pode ser valorizada pelo valor do “ser” que é independente dos fatos. Os fatos não podem produzir valor, mas o valor pode valorizar os fatos. Einstein reafirma isto nos livros.

 

Victor Frankl, médico vienense falou em dezenas de universidades da europa e redes de televisão dos Estados Unidos, sobre a cura dos males físicos não por meios físicos e nem sequer por meios mentais, mas por meio da logoterapia.


Geralmente se cura os males físicos por remédios físicos e outros por métodos mentais. Em certos casos dá certo, mas Victor Frankl descobriu que se pode curar os males humanos, especialmente os males neuróticos, porque as neuroses são os piores males de que nos sofremos. A maioria do sofrimento é uma criação do ego mental e emocional. Quando o ego mental e emocional não funcionam direito, a pessoa se torna neurótica. Enchemos demais a vida de ego mental e emocional.

 

No livro Teoria e Terapia das Neuroses Victor Frankl , na época presidente da Policlínica em Viena, embora não despreze nenhuma outra terapia, mostra que se pode curar a neurose pela logoterapia que quer dizer “ a cura pelo logos” . Logos é uma palavra grega que significa o “Eu”, o Cristo interno, é o Deus em nós.


Joel Goldsmith, norte americano que fez experiências durante 30 anos, em Honolulu, capital do Havaí, embora negociante escreveu um livro chamado a Arte de Curar pelo Espírito que também reafirma os estudos de Victor Frankl.


V.Frankl não aceitava a linha de Freud que só entendia a cura de ego pelo ego, a exemplo das terapias mentais, emocionais e psicológicas. Não há cura do ego, e sim apenas paliativos e remoção de sintomas dolorosos temporariamente, mas não cura real.


Para entender melhor, imagine que queremos mover uma turbina e vamos ligá-la as águas de um lago. De nível para nível, de horizontal para horizontal, não há força e por esta razão a turbina não vai funcionar. Mas se fosse usada uma cachoeira cujas águas caissem verticalmente sobre as turbinas, funcionaria. De ego para ego não há cura, não há desnível do ego doente para o ego curador e por isto não há força curativa. Isto é matemático, não se cura ego pelo ego e nem pelo ego dos outros. Isto é psicoterapia. Victor Frankl diz: Não se pode usar das águas de um lago para mover a turbina de uma vida. Nas alturas do logos, existem uma cachoeira move a turbina da alma, o que ele chamou de logoterapia, a cura do ego mental pelo Eu espiritual. Através da logoterapia pode-se sair da frustração existencial para a realização essencial.


E você busca a cura verdadeira?

* Magui Guimarães é master em Coach & Neurolinguística – magui@maguiguimaraes.com.br

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