Vamos conhecer mais duas histórias de vitória sobre a Covid-19, na nossa série Esperança, uma de um jovem adulto de 29 anos, e outra de um idoso de 63. Para conferir as primeiras matérias, clique: Parte 1 Parte 2.

 

“O psicológico é fundamental para o tratamento”
O publicitário Rodrigo Costa, 29 anos, testou positivo para Covid-19 no final de 2020 e precisou ser internado. Mesmo com o período de pandemia, o mês de novembro é marcado por uma grande movimentação de campanhas publicitárias por causa da Black Friday. Dessa forma, ele precisou participar mais ativamente do dia a dia dos seus clientes presencialmente. Foram muitas captações de vídeo, ensaios fotográficos, reuniões… E exatamente após uma das reuniões ele começou a sentir leves sintomas.

A partir daí, já se isolou do contato com a mãe, foi ao médico, fez os exames, tomou a medicação, mas não houve melhora. Depois de vários dias, precisou voltar ao hospital, recebendo a indicação de continuar isolado por mais um tempo. “Infelizmente minha situação só foi piorando no decorrer dos dias, fui para duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), fiz novos exames, tomei remédio, mas no dia seguinte tudo voltou. Os sintomas pioraram, fiquei fraco, sem energia para comer, beber água ou qualquer outra coisa. Depois de quase 48 horas sem me alimentar direito, com febre alta e falta de ar, fui pela terceira vez à UPA e imediatamente fui internado. Na mesma noite, fui transferido para o Hospital São José onde precisei ficar na semi-UTI por causa do meu estado grave”, relembra.

Rodrigo conta que enfrentou vários momentos difíceis: exames, medicamentos, uso da terapia por alto fluxo de oxigênio, além da situação de estar ao lado de pessoas entubadas, ver pessoas morrendo ao seu lado, não conseguir se mexer na cama e não ter a incerteza do que poderia acontecer.

O psicológico é algo fundamental para o tratamento. Cheguei muito nervoso e diariamente eu ouvia os médicos me aconselhando para tentar controlar essa sensação de medo e ansiedade. Depois de onze dias com os sintomas e seis dias internado no hospital, recebi a notícia de que iria para a sala de observação por 24 horas. Depois da melhora, recebi alta, voltei para casa e mesmo com algumas sequelas como cansaço e fraqueza, estou tentando seguir com a vida. Felizmente venci a doença, minha mãe e namorada não pegaram, hoje estou bem, mas espero que essa situação acabe logo para que tudo volte ao normal. Espero também que todos colaborem para que isso de fato aconteça”, conta.

 

Antônio José precisou reaprender a andar, falar e comer

Antônio José Barcelos, 63 anos, esteve com Covid-19 a partir do dia 14 de março de 2020. Sua filha Cynhia D’Alencar compartilhou o depoimento sobre o pai:

Ele sentiu uma febre e na época não estavam fazendo os exames para detectar o vírus. O médico solicitou uma tomografia, que mostrou que ele estava com 50% do pulmão comprometido. Foi levado para o hospital, mas a gente não podia acompanhar por conta dos protocolos. A família recebeu ligação do hospital avisando que ele estava entubado em estado grave. Isso se estendeu por dois meses e meio. A gente só tinha notícia uma vez por dia dele, os médicos ligavam e diziam que só restava rezar e eu nunca acreditei nisso. Eu sempre acreditei que ele iria ficar bem. O pulmão dele havia parado completamente. O hospital lutou muito pela vida dele, usaram uma máquina chamada ECMO quando o pulmão dele parou completamente. Quando ele saiu da UTI, após dois meses e meio, ele teve uma parada respiratória e voltou para a UTI. Passou mais vinte dias lá se recuperando. Isso tudo durou em torno de três meses, ele saiu com uns trinta quilos mais magro, completamente debilitado, sem conseguir andar, sem conseguir falar direito e graças a Deus a recuperação foi muito rápida, em um mês ele já estava andando, falando, comendo tudo. É importante ter muita fé, dar esperança para as pessoas quando os médicos desacreditarem. Você acredita que o médico dos médicos é Deus. Colocar toda essa confiança nele e graças a Deus temos essa história para contar”.

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