Samba pro seu Zé (Imagem: Divulgação)
Apresentações de dança e show de samba na Escola de Dança de Paracuru, a partir das 19h, marcam a programação de encerramento do festival, com transmissão ao vivo pelo canal do festival no Youtube.

 

O Festival de Dança do Litoral Oeste se reinventou e com o tema “Redes para dançar” tem realizado, desde o dia 23 de setembro, a 12ª edição totalmente online, com exibições de espetáculos de companhias de dança de Paracuru, Trairi, Itapipoca, Juazeiro do Norte e Fortaleza, e realização de debates com transmissão em seu canal do Youtube. Nesta sexta-feira, dia 09 de outubro, o festival encerra a edição com um “Programa Live” direto da Escola de Dança de Paracuru, que terá início às 19h e será transmitido, também, pelo canal do Youtube do evento.

A programação começa com um duo da Cia Balé Baião de Itapipoca, que apresentará pela primeira vez o espetáculo “Entre pontos riscados”, com os dançarinos-criadores Gerson Moreno com Ernany Braga e a colaboração de Djam Neguim e Cacheado Braga. “O risco da ‘pemba’ (giz sagrado) abre portais de transição e cura. Nesse rito poético se entrecruzam Gerson Moreno e Ernany Braga, duas gerações singulares, dois periféricos, herdeiros de pretos e índios que se rebelaram outrora. Dois meninos-velhos de idades distintas, dois pontos/territórios que se conectam e se reconhecem à proporção que dançam juntos entre riscos (‘risco’ de arriscar – improvisar – e ‘risco’ de linhas sagradas da umbanda); entre linhas, traçados, ondulações, circularidades… tendo como narrativas comuns o desejo de dialogar sobre cosmovisões negras, indígenas e insurgentes, oralidades do povo oprimido e masculinidades contemporâneas”.

Em seguida, a Arreios Cia de Dança de Trairi apresentará o solo “Caso por acaso”, coreografia de Karine Sousa e direção coreográfica de John Henry Gerena (Colômbia), interpretada por Fabiane Chagas. O espetáculo retrata “a relação que estabelece uma ligação entre o ser humano e o divino; Ritual, Sacrifício; Simbologias. Imagens corporais repletas de significados, para seguir adiante num caminho ou desfazer-se dele. O poder da decisão atormentado pela dúvida em realizar a tão esperada passagem. O caos se torna belo, criando uma esfera que reflete em um choque de realidade, ocasionando a quebra indesejada do “Ser Tradicional”, perante aos movimentos controlados por um corpo que se desmorona e se reestrutura diante da desordem do espaço em função do seu interior”.

A Paracuru Cia de Dança encerra as apresentações de dança com “Para que eu não esqueça”, um solo do coreógrafo Ivaldo Mendonça. A cena aborda “o que existe no corpo de memória daquilo que não deve esquecer. Do que é essencial para continuar vivo. Daquilo que precisa se desvencilhar e aquilo que vai carregar por toda a existência”.

A 12ª edição do festival encerra ao som do grupo de samba Um Samba Pro Seu Zé, de São Gonçalo do Amarante. O show é um resgate da música legítima brasileira e canções contemporâneas do gênero do samba. Toda a programação é gratuita e pode ser consultada nas redes do festival: @dancalitoraloeste (Instagram e Facebook).

O Festival de Dança do Litoral Oeste 2020 é uma realização da Associação de Artes Cênicas de Itapipoca (AARTI), Associação Dança Arte e Ação, de Paracuru, e Associação de Dança Arreios, de Trairi, com a consultoria executiva da Quitanda das Artes. Tem o apoio cultural do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Lei Estadual Nº 13.811). Coprodução: WM Cultural. Agradecimentos: Enel.

SERVIÇO

12° Festival de Dança do Litoral Oeste [Programa Live]: Dia 09 de outubro (Sexta-feira), às 19h, direto da Escola de Dança de Paracuru com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube do evento. (https://www.youtube.com/channel/UCGcb5WrsdZvJ3wkY2zFr8pw). Informações no Facebook e Instagram: @dancalitoraloeste

 

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