A Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/Ce) está promovendo cursos que contemplam três modalidades de capacitações voltadas para profissionais indígenas e trabalhadores da saúde em geral que queiram atuar com essa parcela da população.

As iniciativas incluem curso Básico de Vigilância e Controle das Arboviroses, Programa Saúde Mental e Atenção Psicossocial: Avaliação, Manejo e Seguimento nos Territórios (Smaps) e a Rede de Proteção à Infância e Adolescência em Situação de Violência.

De acordo com Suzyane Barcelos, diretora de Educação Permanente e Profissional em Saúde da ESP/CE, as vagas são enviadas para a para a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde (MS), que faz a escolha de forma estratégica dos participantes dos cursos, de acordo com as demandas de saúde dos territórios atendidos.

Capacitações

Realizado durante os meses de julho e agosto, o curso Básico de Vigilância e Controle das Arboviroses capacitou 70 profissionais que atuam como Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e Agentes Indígenas de Saneamento (Aisan). Entre eles, está o cacique Elvis Aroerê, que pertence ao povo Tabajara, na Aldeia Olho Daguinha Cedro dos Kasymiros, no município de Monsenhor Tabosa.

Cacique Elvis Aroerê, um dos alunos contemplados pelo curso da ESP/CE, pertence ao povo Tabajara

Há cinco anos, Aroerê também é Agente de Controle de Endemias da Saúde Indígena (Acesi) e atua em aldeias subdivididas entre as etnias Tabajaras, Potiguaras, Gavião e Tubiba Tapuia.
“Esse curso tem ajudado na preparação para enfrentarmos os constantes desafios endêmicos que surgem dentro de nossas aldeias. A chikungunya, por exemplo, é uma das arboviroses que, atualmente, mais afeta nossas crianças e idosos”, relata.

Saúde mental

Com foco no bem-estar psicológico, o Programa Cuidados em Saúde Mental e Atenção Psicossocial: Avaliação, Manejo e Seguimento nos Territórios (Smaps) ofertou cerca de 80 vagas para profissionais de ensino superior do Distrito Sanitário Especial Indígena (Disei/CE). A iniciativa contempla cursos com carga horária de 180 horas. Iniciadas no último dia 4 de julho, as capacitações vão seguir um cronograma pelos próximos cinco meses.

Proteção à infância e à adolescência

Ainda em fase de planejamento, a capacitação Rede de Proteção à Infância e Adolescência em Situação de Violência é intersetorial, mas agora vai ser direcionada, também, à saúde indígena. O curso está inserido no contexto do sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência, buscando refletir e ampliar o olhar para a promoção das ações intersetoriais da rede de proteção à infância e adolescência no estado do Ceará.

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