Cientistas americanos realizaram testes que estudam os danos ao DNA no sangue associado à doença de Parkinson. Os diagnósticos atuais da doença baseiam-se, em grande parte, em sintomas clínicos após a ocorrência de danos neurológicos significativos, e os pesquisadores esperam que este novo teste possa ajudar a diagnosticar os pacientes antes que danos cerebrais ocorram.

O Parkinson é a segunda doença neurológica mais comum, atrás apenas do Alzheimer. A doença, que atinge cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, é progressiva, afetando o sistema nervoso e partes do corpo controladas pelos nervos. A equipe de pesquisadores,
liderada por neurocientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Duke, localizada no estado da Carolina do Norte (EUA), concentrou seu trabalho nos danos ao DNA nas mitocôndrias.

As mitocôndrias contêm o seu próprio DNA, que pode sofrer danos separadamente do DNA nuclear que codifica a maior parte do genoma de um organismo, e estudos anteriores mostraram que esses danos no DNA mitocondrial podem estar associados ao um maior risco de desenvolvimento do Parkinson.

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo relataram anteriormente um acúmulo desses danos no DNA no tecido cerebral de pacientes falecidos com Parkinson, e que isso se refletiu nas mitocôndrias. “Um simples exame de sangue nos permitiria diagnosticar a doença mais cedo e iniciar as terapias mais cedo”, disse a neurocientista e autora sênior da Universidade Duke, dra. Laurie Sanders. “Além disso, um diagnóstico claro identificaria, com precisão, os pacientes que poderiam participar de estudos de medicamentos, levando ao desenvolvimento de melhores tratamentos e potencialmente até curas.”

Este novo teste também identificou níveis elevados de DNA danificado nas amostras de sangue de pessoas portadoras da mutação genética LRRK2 – que tem sido associada a um risco aumentado da doença e foi capaz de detectar pacientes com Parkinson com e sem mutações LRRK2. “Esta doença tem um impacto terrível nas pessoas. É importante conseguir tratamentos novos e eficazes”, disse a médica o Dr. “Nossa esperança é que este teste possa não apenas diagnosticar a doença de Parkinson, mas também identificar medicamentos que revertam ou interrompam os danos ao DNA mitocondrial e o processo da doença”.

Fonte:www.goodnewsnetwork.org

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