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Alternativas são necessárias, uma vez que a doença acarreta em riscos aos homens que desejam ter filhos

 

Um homem com câncer de próstata, segundo tipo da doença mais comum em homens, pode sofrer com vários efeitos decorrentes da doença e de alguns tratamentos, dentre os quais a infertilidade. A próstata é uma glândula que produz um fluido que protege e nutre os espermatozóides. Atrás dela, estão localizadas as vesículas seminais, que também produzem líquido seminal.

Quando a próstata é retirada, a produção de sêmen fica comprometida e, por isso, o homem pode ficar infértil. Quando não é necessário retirá-la, o tratamento utilizado pode comprometer a fertilidade, por inibir a produção de espermatozóides.

O especialista em reprodução humana assistida, Dr. Fábio Eugênio, comenta que é muito importante que o profissional que acompanha o paciente com câncer de próstata apresente os possíveis riscos relacionados à infertilidade. “É necessário saber se o paciente ainda tem interesse de ter filhos, pois, nesse caso, podem ser apontadas alternativas para preservar a fertilidade após a cura do câncer”, diz.

O congelamento do sêmen, ou criopreservação, é a principal opção para isso. “Nesse caso, o congelamento é realizado antes do tratamento ser iniciado. Assim, as amostras saudáveis retiradas conferem mais segurança à futura fertilização in vitro. O ideal é que essa coleta seja realizada o mais rápido possível após o diagnóstico”, explica o Dr. Fábio Eugênio.

Outras alternativas para a preservação da fertilidade são a prostatectomia robótica, desde que não seja removida a próstata por completo, e a proteção de um dos testículos, quando possível, caso necessite radioterapia. Nesse último caso, há chances de resguardo da fertilidade no outro testículo, porém, se o tratamento precisar ser realizado em ambos, a probabilidade de preservação é bem mais remota.

Sobre o Dr. Fábio Eugênio

Dr.Fábio Eugênio (Imagem: Divulgação)

O Dr. Fábio Eugênio é especialista em reprodução humana assistida, atuante há mais de 20 anos nesta especialidade. É Mestre em Tocoginecologia (UFC), Fellow clínico em Medicina Reprodutiva (Universidade de Roma-Itália), Fundador e Diretor da Clínica Medicina Reprodutiva Doutor Fábio Eugênio, e Diretor Clínico do Centro de Medicina Reprodutiva BIOS. Membro atual da diretoria da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), American Society of Reproductive Medicine (EUA), e membro e ex-presidente seção Ceará da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH). Participou da equipe do primeiro bebê de proveta de Fortaleza e é considerado uma das grandes referências nacionais na especialidade, ministrando, inclusive, aulas e palestras pelo Brasil.

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