D. Auxiliadora e o neto Francisco Daniel de Abreu Saraiva (Imagem: Arquivo/Estação da Luz)

 

Atualmente, no Brasil e no mundo, existem diversas configurações familiares. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), desde 2005, o perfil composto unicamente por pai, mãe e filho deixou de ser maioria no país. Segundo último senso do IBGE, 50,1% das famílias brasileiras estão fora do formato tradicional.

Entre os diversos núcleos familiares estão ainda: pais e mães solos, casais homoafetivos, avós e tios cuidadores e afins. Foi a partir dessa iniciativa de inclusão, que diversas instituições e escolas, optaram por substituir o tradicional Dia das Mães e Dia dos Pais pelo Dia de Quem Cuida de Mim. Desde 2018, a Estação da Luz realiza o projeto com as diversas famílias das crianças e adolescentes atendidas pela Instituição.

Segundo a assistente social da Estação da Luz, Bianca Alves, a inspiração veio através de uma matéria sobre o assunto, “Tivemos a inspiração para o projeto a partir de uma notícia sobre a adesão do Dia de Quem Cuida de Mim em uma escola do Sul do Brasil. Nós atendemos pessoas em situação de vulnerabilidade social e vemos recorrentemente o quanto às configurações de família mudaram. Nada mais justo do que aplicarmos essa ideia tão bacana, dentro da realidade de tantas crianças e jovens da Estação”, define.

A profissional ainda destaca que as ações do projeto são realizadas duas vezes ao ano, “Desde 2018 reunimos todos os projetos da Estação da Luz como futebol, ginástica e apresentações musicais nas atividades entre os responsáveis e as crianças. Em 2020, por conta da pandemia, trabalhamos de forma virtual com campanhas nas redes sociais e reflexões em alusão à data. Atualmente, seguimos todos os protocolos de segurança do Governo do Estado e da Vigilância Sanitária na aplicação das atividades socioeducativas em nosso calendário”, explica Bianca.

Atividade realizada em 2019 (Arquivo/Estação da Luz)

Karine Cordeiro, coordenadora social da Estação da Luz, fala sobre a importância da inclusão da ação dentro da Associação, “Sentimos ao longo dos anos dentro da perspectiva mais conservadora que, muitas das crianças e dos adolescentes atendidos não se sentiam acolhidos e representados, por não se enquadrarem dentro dessa realidade. A alteração no nome é simples, porém bastante significativa. A ideia não é excluir a comemoração com as mães e/ou pais, mas destacar a importância de olhar com mais respeito para tantas histórias, bem como, valorizar aqueles que cuidam independente da consanguinidade”.

Mais informações sobre este e outros projetos da Associação, no link.

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