
Depois de arrebatar o público, em 2013, com seu humor moleque e irreverente, Cine Holiúdy desponta outra vez e leva o prêmio de melhor Roteiro na décima edição do Prêmio Fiesp/Sesi-SP de Cinema. Em cerimônia na sede da Avenida Paulista, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP) divulgaram na noite do último dia 1º, o resultado da premiação.
A iniciativa reconheceu a produção nacional em 13 categorias: ficção, documentário, curta-metragem, diretor, atriz, ator, atriz coadjuvante, ator coadjuvante, roteiro, montagem, fotografia, direção de arte e trilha sonora.
Confira a lista de vencedores:
Filme de ficção – Faroeste Caboclo
Documentário – As Hiper Mulheres
Diretor – Rubens Rewald E Rossana Foglia (“Super Nada”)
Atriz principal – Glória Pires (“Flores Raras”)
Ator principal – Irandhir Santos (“Tatuagem”)
Atriz coadjuvante – Andréa Marquee (“O Que Se Move”)
Ator coadjuvante – Jair Rodrigues (“Super Nada”)
Roteiro – Halder Gomes (“Cine Holiúdy”)
Montagem – Juliana Rojas (“O Que Se Move”)
Fotografia – Lito Mendes Da Rocha (“Serra Pelada”)
Direção de arte – Tiza Oliveira (“O Tempo E O Vento”)
Trilha sonora – Beto Villares (“A Busca”)
Curta-metragem – “Preto Ou Branco!”
Sobre Cine Holiúdy
O filme trata com o humor tipicamente cearense e nonsense universal o sonho de manter vivo o cinema, apesar de todos os desafios. A trama é centrada no idealista e desenrolado Francisgleydisson (interpretado por Edmilson Filho, veja entrevista com ele abaixo), dono do Cine Holiúdy, pequeno cinema de uma cidade interiorana, ameaçado pela força e popularidade da TV.
Para contar a história, Halder se vale do cearencês, o famoso ‘idioma’ popular cearense. E, como vai para as grandes platéias, o filme tem legendas em português. Atores cearenses, que se destacam no humor nacional, fazem parte do elenco, como Falcão e Karla Karenina, ao lado de atores como Roberto Bomtempo, Miriam Feeland,que vive a compreensiva esposa de Francisgleydisson, e Fiorella Matheis. Destaque para o garoto Joel Gomes, como o Francisgleydisson Filho.
“Ele [Francisgleydisson]é uma pequena referência aos exibidores dos cineminhas que conheci na infância, na década de 1970, somado ao espírito batalhador, nômade e desenrolado dos nordestinos. É também uma metáfora do esforço e da multiplicação de funções necessárias aos realizadores brasileiros para fazerem seus filmes”, disse Halder em entrevista ao Jornal do Commércio qquando apresentou o filme em pré-estréia no Recife (PE), mês passado.
Sobre o cearencês, Halder diz que “o glossário traz um apanhado de algumas palavras da nossa gramática, como “Ispilicute”, por exemplo, que vem do inglês ‘She’s pretty cute’, que significa ‘bonitinha, faceira’. Sim, o glossário agrega uma curtição a mais à novidade da diversidade linguística do Brasil no cinema”.