Com a campanha “Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar”, o Ministério da Saúde ressalta a importância do diagnóstico precoce no combate a doença. Segundo a pasta, a hanseníase é considerada endêmica em todo o país, com prevalência de 1,42 casos por 10 mil habitantes. O Ministério pretende alcançar a meta de menos de 1 caso por 10 mil habitantes, com o aumento da detecção precoce e a cura dos casos diagnosticados.


Em 2014, a taxa de detecção geral foi de 12,14 por 100 mil habitantes, correspondendo a 24.612 casos novos da doença no país. Na população menor de 15 anos houve registro de 1.793 casos. No Ceará, houve notificação de casos em 164 dos 184 municípios do Estado. O coeficiente de detecção está em queda e oscilou de 34,7 casos por 100 mil habitantes em 2001 para 18,5 em 2014, com 1.595 casos detectados no ano passado. Em menores de 15 anos foram notificados 2.024 casos novos de hanseníase entre 2001 e 2014. O controle da hanseníase é baseado no diagnóstico precoce, tratamento e cura para eliminar as fontes de transmissão da doença.


Nos últimos dez anos, a taxa de cura da doença no País aumentou 21,2%. Em 2003, 69,3% das pessoas que faziam tratamento para hanseníase se curaram. Já em 2014, esse número saltou para 84%.

Sobre a doença

A doença infecciosa é contagiosa e causa manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele com sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque. É normal também ocorrer sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades, surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular, por exemplo, como ter dificuldade para segurar objetos.


Causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, a hanseníase não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada.

Tem cura

O tratamento é feito nos serviços de saúde e é gratuito. Após iniciado o tratamento, a pessoa para de transmitir a doença quase que imediatamente. Quanto antes houver o diagnóstico, mais rápida e fácil também pode ser a cura da doença.

O tratamento é via oral, pela poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo e deve ser administrada por seis meses ou um ano a depender do caso.


Os pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, à uma avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura. Vale lembrar que todas as pessoas que convivem ou conviveram com quem recebeu o diagnóstico de hanseníase devem ser examinadas nos serviços de saúde.


No Ceará, o tratamento é realizado no Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, da rede da Secretaria da Saúde do Estado. Fica na Avenida Pedro I, 1033, Centro. A rede estadual tem ainda dois centros de reabilitação – o Hospital de Dermatologia Sanitária Antônio Justa, Avenida Faustino Albuquerque, 1000, Col Antônio Justa, em Maracanaú, e o Centro de Convivência Antônio Diogo, Rua Irmã Augusta, 120, em Redenção.

Em tempo

Como parte das ações que marcará o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, a fachada da Secretaria da Saúde do Estado ficará iluminada nas cores marrom, vermelho e bege durante a última semana de janeiro. Na próxima quarta-feira, dia 28, das 8 às 16 horas, uma série de atividades, como exibição de filmes, e rodas de conversas com profissionais de saúde do Centro de Referência Nacional em Dermatologia Sanitária Dona Libânia, está programada para a sede da Secretaria da Saúde do Estado, na Avenida Almirante Barroso, 600, Praia de Iracema. O Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase ocorre todo ano no último domingo de janeiro, este ano no dia 25, e as cores marrom, vermelho e bege, que, além do branco, representam os tons das manchas provocadas pela doença.


Com informações do Ministério da Saúde e da Sesa

 

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