Um surto de ebola afetou 18,7 milhões de pessoas. Na Nigéria, os ataques frequentes e intensos do Boko Haram deixaram 1,5 milhão de pessoas deslocadas internamente. A Ucrânia enfrenta uma crise humanitária que atinge 5,2 milhões de pessoas que vivem nas zonas de conflito, 1,7 milhão são crianças. Uma geração inteira de crianças sírias estão em risco, com mais de 8 milhões de crianças afetadas. Essas e outras ameaças formam uma nova geração de crise. Nesse contexto, a Organização das Nações Unidas lançou, na última quinta-feira (29), o maior apelo humanitário da história.


O objetivo é financiar as respostas de ajuda para ameaças globais que vem “perseguindo crianças de formas nunca antes vistas, colocando-as frente a situações de risco de violência, fome, doenças e abusos. A Ação Humanitária para as Crianças, orçada em 3,1 bilhões de dólares, pretende ajudar 62 milhões de crianças em risco em 71 países ao redor do mundo, vítimas de conflitos cada vez mais destrutivos, desastres naturais ou outras ameaças, como a epidemia do ebola.


“Seja nas manchetes ou fora dos olhos do mundo, emergências causadas por fraturas sociais, alterações climáticas e doenças estão atingindo as crianças de uma maneira que eu nunca vi antes”, declarou a diretora de emergência do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), Afshan Khan.

Recursos

Dentre os destinos do recurso, 903 milhões de dólares serão destinados para a ação humanitária na Síria, protegendo as crianças em risco e salvando vidas por meio de imunizações, água potável, saneamento e educação.


Conflitos na Ucrânia e na Nigéria, que causaram crises humanitários e deslocamentos, receberão quase 60 milhões de dólares para o financiamento da ajuda. Missões de resposta às “crises subfinanciadas e esquecidas”, como Afeganistão, o território ocupado da Palestina e Níger também são alvos dos recursos da ação deste ano.


O UNICEF também pretende acelerar o trabalho nas comunidades afetadas pelo vírus ebola, e fez um apelo de 500 milhões de dólares para financiar o projeto. O dinheiro será usado para ampliar os esforços para isolar e tratar todos os casos, prevenir novos surtos e comportamentos saudáveis para evitar a propagação da doença. A meta para 2015 é chegar a zero casos do ebola e apoiar a revitalização dos serviços sociais básicos.

Saiba mais

Os 71 países alvos da ajuda humanitária do UNICEF são escolhidos por causa da escala de suas crises e pelo seu impacto sobre as crianças. Segundo Khan, “este apelo irá atingir as crianças mais vulneráveis, onde quer que estejam”.


Informações da ONU Brasil

 

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