O projeto, supervisionado pela enfermeira e psicóloga Giselle Sucupira, levará dois cães para interagir com as crianças na brinquedoteca e com os pacientes da casa de apoio, nesta sexta-feira (12), às 9 horas.
 |
Prestes a voltar para Teresina, Gabriel, de 14 anos, em tratamento contra um tumor cerebral, aguarda ansioso a visita do projeto Cão Vida, prevista para esta sexta-feira (12), às 9 horas, no Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio). O projeto, supervisionado pela enfermeira e psicóloga Giselle Sucupira, levará dois cães para interagir com as crianças na brinquedoteca e com os pacientes da casa de apoio.
O projeto é composto por cães terapeutas e seus tutores, ambos voluntários; e tem como objetivo a introdução do cão junto a um indivíduo ou grupo, de forma que o animal se torne parte integrante do processo de tratamento. O cão é utilizado como um facilitador e mediador das atividades terapêuticas, sejam elas destinadas à reabilitação física, emocional ou social e é sempre dirigida por um profissional especializado.
Segundo Patrícia Cito, terapeuta ocupacional e coordenadora da brinquedoteca do Crio, através do amor, aceitação incondicional e fidelidade, estes animais podem facilitar a resposta do trabalho de ressocialização, recuperação, reabilitação e melhora da qualidade de vida das pessoas, dentre outros benefícios neurológicos, motores, transtornos emocionais e comportamentais.
Humanização
Patrícia explica que um dos principais focos do Crio é humanizar o tratamento. A brinquedoteca funciona também para esclarecer aos pacientes infantis como será a radioterapia. Antes de iniciar o tratamento, as crianças são apresentadas ao espaço. No local, os profissionais utilizam a réplica do aparelho, bonecos com e sem cabelo e miniaturas de médicos e pacientes para mostrá-los como é o tratamento. “No nosso projeto criança bem-vinda, não usamos jaleco, mas avental com estampas infantis. Buscamos humanizar o tratamento e também amenizar a resistência das crianças. Então, o primeiro contato é aqui na brinquedoteca. Ao longo do tratamento, elas recebem um álbum de figurinhas e vão completando. Aqui elas têm atividades com a terapeuta ocupacional e psicóloga”, detalha Patrícia.
A terapeuta afirma que tanto as crianças quanto os pacientes que ficam abrigados na casa de apoio serão beneficiados com a visita dos cães do projeto. Muitas dessas pessoas em tratamento deixam suas casas, familiares e os animais de estimação e, por isso, sofrem com a saudade. Gabriel, por exemplo, tem um cachorro em Teresina. Ele veio a Fortaleza para buscar o tratamento de radioterapia. Ele e a mãe estão instalados em um hospital, localizado em Maracanaú, e realizam as sessões no Crio. A possibilidade de interagir com os cães do projeto fortalece, conforme Patrícia, o emocional do paciente. “A gente pensou na visita como uma forma de as crianças interagirem e, além disso, trabalhar a socialização. O cão transmite o sentimento de amor e fidelidade. Isso traz muitos benefícios motores, comportamentais e emocionais para o tratamento”, acredita Patrícia.
Saiba mais
O projeto Cão Vida está inserido no Instituto PLEIADES (Psicoterapia do luto, emergência, intervenção e apoio em desastres) e busca promover atividades sociais e terapêuticas mediadas por cães. A iniciativa realiza atividades assistidas por animais (AAA) e terapia assistida por animais (TAA), através da colaboração de profissionais e voluntários com seus cães, atendendo a várias instituições como casas asilares, hospitais, casas de apoio e escolas, visando a interação entre humanos e animais.
A Cão Vida se baseia nos princípios de que os animais possuem amor, aceitação incondicional e fidelidade, podendo assim facilitar a resposta do trabalho de ressocialização, recuperação, reabilitação e melhora da qualidade de vida das pessoas. Essa relação, proporciona ainda, um novo campo de investigação e pesquisa na área social e da saúde, no sentido de avaliar os benefícios dessa interação nos distúrbios neurológicos, motores, transtornos emocionais e comportamentais.
Atividades Assistidas por Animais (AAA): “envolve a visita, recreação e distração por meio do contato dos animais com pessoas.” (Dotti, J. 2005).
Mais informações
Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio)
Local: Rua Francisco Calaça, 1300 – Álvaro Weyne
Marketing/Comunicação: (85) 3521-1537
