Um grupo de estudantes cearenses criou um tipo de câmara capaz de descontaminar até 50 máscaras de proteção e EPIs em apenas 5 minutos.

 

Segundo os jovens que frequentam a Unilab, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, a câmara está sendo desenvolvida desde outubro do ano passado.

A ideia é não apenas descontaminar grandes quantidades de máscaras, mas doar os itens reutilizáveis aos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS).

Em entrevista ao Diário do Nordeste, os estudantes contaram que tudo começou quando eles receberam o convite da “The Optical Society” (OSA), nos Estados Unidos, para produzir e pesquisar uma câmara de descontaminação para máscaras do tipo N95.

O grupo é formado por estudantes de Engenharia e Energias e Engenharia da Computação do Instituto de Engenharias e Desenvolvimento Sustentável (IEDS).

Fabricado no Brasil com protocolos de Oxford

A câmara de descontaminação é 100% brasileira, mas segue o protocolo de construção elaborado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra – uma das instituições mais prestigiadas do planeta.

O laboratório de engenharia do Campus das Auroras, em Redenção (CE), foi quem desenvolveu o primeiro protótipo da câmara com lâmpadas de radiação ultravioleta.

Deu super certo: a radiação esteriliza quaisquer micro-organismos nas máscaras, deixando-as prontas para reuso.

O estudante Gefferson Fernandes, aluno líder do projeto, disse que foi um orgulho imenso ter sido aprovado durante o processo seletivo interno da Unilab para participar dessa iniciativa tão relevante.

O impacto que a gente quer causar é que ele de fato fique na comunidade, em Redenção”, explicou.

Como a câmara funciona

As lâmpadas de radiação ultravioleta instaladas no dispositivo destroem todo e qualquer ser vivo, por mais microscópico que seja, das máscaras e equipamentos de proteção individual.

Essa exposição não causa qualquer dano ao objeto, pelo contrário: eles ficam perfeitos para uso, como se fossem novos.

Com a câmara, o professor orientador do projeto, Dr. Sabi Yari Moïse Bandiri, diz ser possível descontaminar até 50 peças por vez.

Até o final deste mês, a câmara de descontaminação será doada para o Hospital Filantrópico do município de Redenção, no Ceará.

 

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