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Cartão oficial da Campanha da Fraternidade 2018. Foto: Reprodução / Internet

Medo! Essa é a sensação que tomou conta do povo brasileiro diante dos números alarmantes da violência no país. O isolamento tem sido a solução para famílias que ficam a mercê de cercas elétricas e segurança privada.Dessa forma, a segurança se torna privilégio para poucos. Pensando em proporcionar uma ampla discussão sobre os assunto, foi lançada a Campanha da Fraternidade 2018.

O tema deste ano “Fraternidade e Superação da Violência” traz uma necessária reflexão e atitude de fé.

Quanto ao lema “Vós sois todos irmãos” busca resgatar o sentido da Fraternidade dos povos, somos todos irmãos e irmãs, filhos de um mesmo Pai, por isso iluminados pelo Evangelho do Reino somos chamados a não violência.

Números

Segundo o portal kairos.org, apesar de possuir menos de 3% da população mundial, o Brasil responde por quase 13% dos assassinatos do planeta. Em 2014 foram 59.627 mortes.

Além do cenário caótico de brutalidade, a campanha se estende a outras problemáticas, não menos pertinentes e importantes, tais como: o tráfico de drogas, super lotação carcerária,estupro e corrupção.

Para Dom Airton José dos Santos, Arcebispo de Campinas, a violência precisa ser superada, não podemos fingir que ela não existe.”Superar sim. Na hora que superarmos nós poderemos passar para um patamar diferenciado, e aí, talvez, agente consiga fazer que ela vá diminuindo, diminuindo até não aparecer mais, afirmou Dom Airton. “Nós temos no coração a capacidade vencer o mal”,concluiu o religioso.

Segue os objetivos da campanha, que teve início na quarta-feira de cinzas, 14 de fevereiro.

Objetivo Geral

Construir a fraternidade, promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça, à luz da Palavra de Deus, como caminho de superação da violência.

Objetivos específicos

01 – Anunciar a Boa Nova da fraternidade e da paz, estimulando ações concretas que expressem a conversão e a reconciliação no espírito quaresmal.
02 – Analisar as múltiplas formas de violência, considerando suas causas e consequências na sociedade brasileira, especialmente as provocadas pelo tráfico de drogas;
03 – Identificar o alcance da violência nas realidades urbana e rural de nosso país, propondo caminhos de superação a partir do diálogo, da misericórdia e da justiça em sintonia com o Ensino Social da Igreja.
04 – Valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão
05 – Identificar, acompanhar e reivindicar políticas públicas de superação da desigualdade social e da violência.
06 – Estimular as comunidades cristãs, pastorais, associações religiosas e movimentos eclesiais ao compromisso com ações que levem à superação da violência.
07 – Apoiar os centros de direitos humanos, comissões de justiça e paz, conselhos paritários de direitos e organizações da sociedade civil que trabalham para a superação da violência. Reflexões que podem iluminar o tema da CF 2018.

Com informações do portal kairos.org

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