Você quer um roteiro turístico diferente? Tem interesse em colocar a mão na massa e ajudar com projetos de conservação de espécies ameaçadas? Um programa, ainda pouco conhecido no Brasil, chama atenção por ter nuances de turismo e pesquisa. O ecovoluntariado, um conceito já difundido na Europa, é um programa focado em atividades de turismo de conservação – quando o voluntário tem participação ativa em um projeto de pesquisa voltado para a conservação da biodiversidade. O objetivo é oferecer opções a viajantes que buscam a experiência única de participar do dia a dia de bases de estudo e se tornar mais ativo na preservação do meio ambiente.


Desde 2001, o Instituto Ekko Brasil (IEB), sediado em Florianópolis (SC), desenvolve diversas atividades de turismo de conservação relacionadas a pesquisas com espécies ameaçadas. “O envolvimento de ecovoluntários é de fundamental importância para nosso trabalho. Esse é um tipo especial de turista que procura roteiros diferenciados, quer fugir do lugar comum e se envolver numa atmosfera de equipe e companheirismo, além de ter certeza de que o dinheiro empregado estará sendo aplicado na sustentabilidade de projetos de conservação de espécies ameaçadas“, observa Alesandra Bez Birolo, presidente do Instituto Ekko Brasil.

Turista engajado

O IEB desenvolve o programa em sua base do Projeto Lontra, que tem o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental. Localizada na região da Lagoa do Peri, na parte sul da Ilha de Santa Catarina, Florianópolis, a base mantém o “Réfugio Animal – Centro de Recuperação e Conservação“, um criadouro científico com fins de pesquisa e conservação. No local, há um laboratório de pesquisa, um ambulatório veterinário e um centro de visitação, que abriga cursos técnicos e um hostel para alojar os ecovoluntários. “Este é o único cativeiro de lontras na América Latina, onde


Por ficarem hospedados na própria base do projeto, os ecovoluntários se envolvem em diversas atividades, como apoio nas pesquisas, manejo e alimentação dos animais no cativeiro e observação de comportamento, entre outros. Dentro do cronograma semanal, existem ainda saídas a campo – trilhas aquáticas com caiaques para monitoramento das populações de lontras e trilhas terrestre para coleta de dados e análises posteriores em laboratório. Há também palestras informativas de educação ambiental e ecologia da lontra, além de auxilio nas atividades de educação ambiental nas visitas das escolas da região. Alesandra explica que os trabalhos são realizados durante toda a semana, sempre orientados pela equipe técnica. “Os finais de semana são livres para que os ecovoluntários possam passear pela Ilha e conhecer as belezas de Florianópolis“, diz.


Além das atividades na base do Projeto Lontra em Florianópolis, o IEB oferece também, por meio de parcerias, oportunidades de turismo de conservação em outros projetos: Projeto Mucky (São Paulo), Projeto Onça Pintada (Paraná) e Projeto Tucano (Santa Catarina). “Estamos preparando também nossa base do Projeto Lontra em Aquidauna, Pantanal do Mato Grosso do Sul, para essas atividades”, conclui a presidente do IEB. Mais informações em www.ekkobrasil.org.br.

 
Sobre o Instituto Ekko Brasil

Criado em Santa Catarina, o Instituto Ekko Brasil (IEB) é uma organização não governamental cujo objetivo é coordenar e apoiar projetos que tenham como foco a conservação da biodiversidade e o turismo de conservação. A abrangência do IEB é nacional, atuando em biomas como Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Fazem parte dos projetos desenvolvidos: Projeto Lontra, Refúgio Animal, Pró Lontrinha, Projeto Tucano, Projeto Ariranha e Programa de Ecovoluntário.


O Programa de Ecovoluntários do IEB já recebeu mais de 600 pessoas, durante seus 12 anos. Segundo dados coletados entre 2002 e 2011 pelo próprio instituto, o ecovoluntariado no Brasil, por ser ainda pouco conhecido pelo turista brasileiro, ainda é uma atividade quase restritiva a estrangeiros, sobretudo, turistas europeus. “O maior volume de visitas acontece entre janeiro e julho. Dos turistas que recebemos, 50% dos participantes são estudantes, sobretudo de áreas relacionadas a biologia e veterinária, que inclusive têm a oportunidade de realizar estágios conosco“, explica Alesandra Bez Birolo.

 

Com informações da assessoria de imprensa do Instituto Ekko Brasil

 

 

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