A paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos, e o indiano Kailash Satyarthi são os vencedores do Prêmio Nobel da Paz, conforme anúncio feito hoje (10) pela Academia Sueca. A ativista é a mais nova pessoa a receber o Nobel.  Ela chamou a atenção do mundo por sua defesa do direito das meninas à educação em seu país. Por essa atitude, ela sofreu um atentado em 2012 por parte de um grupo de talibãs, islâmicos radicais. Já Kailash Satyarthi, 50 anos, notabilizou-se por sua luta contra o trabalho infantil na India.


Quando tinha 11 anos e fazia o equivalente à sétima série,  Malala Yousafzai,  sob o pseudônimo de Gul Makki, criou um blog “O Diário Escolar de uma Menina do Paquistão”, onde contava os desafios dela e de suas colegas para ter direito a estudar. Depois de sofrer o atentado e quase morrer, a menina foi viver no Reino Unido.  Ano passado, Malala havia sido indicada para o Prêmio Nobel da Paz, mas a Academia decidiu conceder a honraria para a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq).

 

Mesmo assim, a garota vem colecionando homenagens. Em 2012, foi contemplada com o Prêmio Internacional da Paz das Crianças, em Haia, concedido pela organização humanitária KidsRights. Recebeu também o Prêmio Sakharov de Liberdade de Expressão do Parlamento Europeu.  Ao saber que foi a vencedora do Nobel da Paz, Malala afirmou “Este prêmio é para todas as crianças que não têm voz, cujas vozes precisam ser ouvidas”.


Em julho do ano passado, em discurso na Organização das Nações Unidas, Malala emocionou o mundo com seu discurso em defesa da educação e da tolerância. “Um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução. Educação primeiro, “ disse a menina.

 

Ela afirmou também que não queria se vingar de seus agressores. “Os extremistas fazem um mau uso do islamismo (…) para seu benefício pessoal, ao passo que o islamismo é uma religião de paz e de fraternidade”. Corajosa, declarou:  “Os terroristas pensaram que mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na vida, com exceção disto: fraqueza, medo e falta de esperança morreram. Força, coragem e fervor nasceram”.


O indiano Kailash Satyarthi tem um histórico de luta contra o trabalho infantil desde a década de 1990. Graças a atuação dele, sempre de forma pacífica, mais de 60 mil crianças já foram resgatadas  de locais onde eram mantidas em regime de trabalho escravo.  Importantes convenções sobre direitos das crianças se tornaram possível na India como resultado dos esforços de Satyarthi , que promove, entre outras ações, a Marcha contra o Trabalho Infantil .

Com informações de agências

 

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