A atuação, há mais de dois anos, do Instituto Lado a Lado pela Vida, contribuindo com informações, discussões e propondo ajustes importantes no atendimento de pacientes oncológicos, desde a prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação, resultou numa conquista bastante significativa: a aprovação, pela Câmara Federal, do Projeto de Lei No 2.952/2022, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do SUS – Sistema Único de Saúde (PNC).
Esse é um exemplo de grande significado do quanto a voz da sociedade civil organizada tem força e pode mudar cenários em prol da população, principalmente quando se trata da saúde pública no Brasil. “O momento em que essa aprovação aconteceu foi significativo e nos enche de orgulho, pois sabemos o quanto o trabalho de influenciar as políticas públicas no Brasil é árduo”, frisa Marlene Oliveira, fundadora e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.
A aprovação da PNC, explica Marlene, dará aos pacientes ainda mais acesso não só ao diagnóstico precoce, tratamentos contra o câncer, reabilitação e cuidados paliativos, mas garantirá mais investimentos em prevenção para aqueles tumores que podem ser evitados, como, por exemplo, os de colo de útero e de pele, e, ainda, reduzir o impacto que a obesidade, o tabagismo e o vírus HPV têm como fatores de risco para diversos tipos de tumores.
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), até 2025 serão mais de 704 mil novos casos da doença anualmente. Marlene Oliveira reitera que é chegada a hora de fazer diferente para alterar a realidade do câncer no Brasil. “Isso significa colocar o paciente no centro da atenção e não só nos discursos e nas ações nas mídias sociais. É preciso conhecer as reais necessidades em sua jornada e entender o que está acontecendo no SUS (Sistema Único de Saúde) no que se refere à oncologia. Entender o que pensa, o que faz e o que enfrentam os gestores de saúde no dia-dia também são pontos importantes para que a PNC seja eficaz.”
Segundo a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, outro item importante da PNC é o que trata da incorporação de tecnologias para diagnóstico, tratamento e reabilitação de pacientes com câncer, tendo em vista que muitas já foram incorporadas pelo SUS, mas ainda não estão disponíveis na grande maioria das localidades do país.
Para Marlene, é preciso ainda dar mais celeridade à avaliação daquelas que deveriam ser incorporadas, pois possibilitam melhores desfechos nos tratamentos e oferecem mais qualidade de vida aos pacientes durante o enfrentamento da doença e na fase de reabilitação.
“A aprovação da PNC com urgência na Câmara Federal já é considerada um marco e uma vitória para os pacientes oncológicos, seus familiares, cuidadores e para organizações como a nossa. O trabalho de mais de dois anos do Instituto Lado a Lado pela Vida e nossa contribuição foi fundamental para essa conquista, assim como a participação de demais entidades, pois entendemos que somar esforços é o melhor caminho para o Brasil avançar na saúde”, complementa. O próximo passo é o seu encaminhamento para votação no Senado Federal e, posteriormente, para a sanção do Presidente da República.
Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida
Fundado em 2008, o Instituto Lado a Lado pela Vida é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade – o câncer e as doenças cardiovasculares – além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem.
Sua missão é mobilizar e engajar a sociedade e gestores da saúde, contribuindo para ampliar o acesso aos serviços, da prevenção ao tratamento, e mudar para valer o cenário da saúde no Brasil. Trabalha para que todos os brasileiros tenham informação e acesso à saúde digna e de qualidade, em todas as fases da vida.
Além de ter criado o Novembro Azul, o Instituto Lado a Lado pela Vida é o idealizador das campanhas Respire Agosto; Siga seu Coração; Mulher Por Inteiro e Câncer por HPV: O Brasil pode ficar sem. A organização é a única representante na América Latina no Comitê de Advocacy da World Heart Federation.