O pacifismo é uma filosofia que se fundamenta na oposição ao uso da força para soluções dos conflitos humanos. Condena qualquer tipo de evento agressivo que resulte na desagregação da convivência das pessoas ou da sociedade como um todo. No final do século XIX, início do século XX, o pacifismo foi incorporado pelas doutrinas econômicas de livre comércio, o que concorreu para o seu processo de expansão. Nesta ascenção o pacifismo ganhou o apoio de grupos democratas, nacionalistas e socialistas que fizeram grandes e importantes movimentos tendo como objetivo a paz.

Em todos os momentos da humanidade, surgem pessoas que de maneira individual ou coletiva propagam a visão otimista de como adentrar no espaço iluminado da consciência da paz.

O cenário mundial continua precário. As desigualdades se aprofundam e conturbam a essência de uma realidade planetária pacífica.

Cada pacifista a partir de Jesus Cristo verbera sempre no sentido de que todos possamos trilhar o caminho da paz, alcançando assim a plenitude da experiência humana. As biografias dos pacifistas como já mencionadas a partir de Cristo ilustram grandes espaços nas Enciclopédias mundiais. Através dos tempos, ricas são as manifestações entusiastas de grandes figuras que pelo uso de variadas metodologias contribuíram e continuam contribuindo na persistência de alargarem o caminho, tendo como instrumento a paz e a não-violência.

Ilustrando a galeria dos pacifistas que já passaram deixando forte legado da perseverança, podemos destacar: Cristo em quem até hoje a humanidade se espelha na sua filosofia, sintetizada na frase “Ama o próximo como a ti mesmo”, Marthin Luther King, grande líder defensor dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, com seu discurso “Eu Tenho Um Sonho”, Mahatma Gandhi – Notabilizou-se pelo método da resistência passiva, pregando a não-violência como forma de luta. É de profunda riqueza este seu pensamento: “As coisas que queremos e parecem impossíveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacífica”.

A paz não deve ser analizada como um substantivo. “Não deve ser encarada como o oposto da guerra, nem tão somente como uma metáfora de situação. Deve ser considerada como uma escolha, um paradigma que regula as relações. Uma forma de organização comunitária, um jeito de estar no mundo”.

Os grandes pensadores que se destacaram na prática do trabalho tentando pacificar as diversas formas de conflitos, são testemunhos relevantes para justificar que cada pessoa individualmente poderá ser um pacifista. Pierre Weil, fundador da Universidade Internacional da Paz foi um exemplo de como em qualquer espaço da vivência humana, podemos oferecer nossa contribuição. É dele o processo metodológico de como vivenciar as diversas etapas e espaços nos quais estejamos engajados. Fruto de suas experiências elaborou e publicou os seminários: “Arte de viver em paz”, “Arte de viver a vida”, “Arte de viver consciente”, “Arte de Viver em plenitude”, “Arte de viver em harmonia”, “Arte de viver a natureza”, “Arte de viver o conflito”, “Arte de viver a passagem”. Em qualquer uma das variadas funções que abraçamos na vida, aí está o espaço apropriado para aprendermos que a paz é uma “grande e harmoniosa dança que tem seu tempo de treinar, de aprender, de conduzir e ser conduzida por um passeio permeado de mudança”.

Francisco Souto Paulino é Presidente da Agência da Boa Notícia, membro da instituição Amigos em Ação, professor da Universidade Federal do Ceará, membro da Associação Cavaleiros de Corpus Christi de Toledo (Espanha) e integrante da Universidade Internacional da Paz (Unipaz) – boanoticia@boanoticia.org.br

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