“Um sorriso de gratidão já faz valer a pena o nosso trabalho”. A declaração é de dona Luiza Gonçalves, 63, voluntária do Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Uma vez por semana, dona Luiza comparece ao hospital para, segunda ela, fazer o que saber de melhor, interagir com o público. A empresária se junta aos mais de 300 voluntários do ICC, que ajudam, com amor, carinho e solidariedade, os 22 mil pacientes atendidos por mês a enfrentar a doença.


Há quatro anos atuando como voluntária no hospital, dona Luiza explica que o trabalho espontâneo em prol do outro é fundamental para o enfrentamento. Ela lembra que muitos pacientes, oriundos do interior do Estado, chegam ao ICC sozinhos. “Eles não sabem nem que setor procurar. E eu faço parte da equipe que orienta, que acolhe e dá informações. A gente reduz o sentimento de desamparo. Além de orientar, estamos lá para ouvir, sem críticas ou julgamentos. Apenas ouvir, dar uma palavra de esperança. E isso faz toda a diferença para essas pessoas e para nós, principalmente”, destaca.


Paciente há mais de dois anos no ICC, Adriana de Oliveira, 41, avalia que o voluntário representa a face mais humana do hospital. “O ICC tem um tratamento naturalmente humanizado. No entanto, os voluntários refletem ainda mais esse lado humano. Eles estão lá espontaneamente, movidos apenas pelo desejo de ajudar. Eles representam uma energia positiva, de que as pessoas têm que lutar, por mais doentes que estejam. Eles passam muitas expectativas de que a vida pode ser melhor. Para quem está sem a mama e sem o cabelo e, consequentemente, muito fragilizado, essa demonstração de solidariedade e carinho cai como um bálsamo em nossas feridas”, analisa Adriana.

Mingau do Bem


Lutando para tornar o tratamento do câncer cada vez mais humanizado, o ICC trabalha com muitos projetos sociais, dentre eles o Mingau do Bem. Diariamente, voluntários do ICC distribuem mais de 600 copos de mingau para pacientes oriundos do SUS que realizam tratamento no Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ).


Segundo Débora Boni, superintendente de responsabilidade social do ICC, o mingau é preparado na Casa Vida, casa de apoio mantida pelo Instituto, sob orientação de nutricionista, e serve como suplemento nutricional, visto que muitos pacientes ficam longos períodos em jejum por falta de recursos.


Além dos voluntários que entregam o mingau, a sociedade como um todo atua como um voluntário indireto ao contribuir com o projeto, doando leite, copos descartáveis, açúcar e outros itens necessários para a nutrição. “A colaboração da sociedade é muito importante para que possamos realizar uma ação desse porte. Para atendermos a esta demanda, a Casa Vida usa mensalmente 13.200 copos descartáveis, 1.200 litros de leite, 100kg de açúcar e cerca de 100 latas de Mucilon, 100 latas de farinha láctea, 120 latas de Mucilon de aveia com arroz, 150 latas de Neston”, afirma Débora.

ICC


O Instituto do Câncer do Ceará promove treinamento de novos voluntários, a cada três meses. Segundo o estatuto do voluntário do ICC, ele só pode dispor de um expediente, uma vez por semana. Antes de atuar no hospital, o candidato passa por capacitação, onde é orientado de seus deveres e direitos como voluntário.

Mais informações pelos telefones: (85) 3288.4466 ou (85) 32884671 ou direto no Bazar do ICC.

 

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