Sabemos que a área de saúde atua por campanhas para prevenir despesas públicas com o tratamento de futuras doenças. Desde alguns anos, achou-se necessário distribuir preservativos para jovens o ano inteiro.


Sei que o mundo é livre para quem não sabe ainda o alcance dos seus voos. Os limites são fundamentos passados pela família, pela escola, pela fé ou pela turma da rua, da esquina, do futebol, da roda de samba, do trabalho. E a vida vai. Depois do carnaval neste março de confusão entre a Rússia e a Ucrânia, dos atritos entre alas do PMDB e o Palácio do Planalto, emergiu, na última segunda-feira, a boa campanha de saúde pública para vacinar meninas entre 11 a 13 anos contra o HPV (Papiloma Vírus Humano). O HPV pode causar câncer de colo de útero e outras doenças genitais.


É preciso que as famílias entendam que as jovens devem ser vacinadas contra o HPV antes do início das suas vidas sexuais. Isso não significa dizer que a vacina libera a jovem para a vida sexual. Não, nada disso. Serão três doses: uma agora; outra, daqui a seis meses, em agosto; e a última, daqui a cinco anos. Este registro foge ao escopo do que escrevo, mas o faço por saber que, baseado em dados estatísticos, 5.000 mulheres morrerão no Brasil, neste 2014, de câncer de colo de útero e outras 15.000 serão infectadas pelo HPV.


Ao receber as doses da vacina, a jovem cria anticorpos, mas isso não a liberará das prevenções indispensáveis ao longo da vida adulta.


Que pais e filhas se unam e conversem abertamente, antes que as mídias sociais o façam com os equívocos de sempre.

* João Soares Neto é escritor


Artigo publicado no Diário do Nordeste de 16 de março de 2014 e reproduzido neste site com autorização do autor

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here