A saúde mental deve ser tema observado o ano todo e, no contexto hospitalar, é fundamental ter atenção não somente aos pacientes, mas também a quem acompanha esse público. Pensando nisso, a Casa de Cuidados do Ceará (CCC), unidade da rede estadual de saúde, disponibiliza o grupo “Bem Cuidado” cujo objetivo é promove momentos de escuta e acolhimento aos cuidadores do equipamento de saúde que é responsável pela desospitalização e cuidados de transição para pacientes cronicamente dependentes.

Com dinâmicas e atividades lúdicas, o grupo promove reflexões sobre o dia a dia e empatia, com compartilhamento de experiências. A cuidadora Ana Regina Souza, 51, está há duas semanas na CCC e atua como cuidadora do sobrinho pela primeira vez. Por ser novata na profissão, ela considera a iniciativa uma oportunidade de aprender com os colegas. “Está sendo uma ótima experiência, eu já aprendi muito com os treinamentos que temos aqui na Casa. O que eu mais gostei foi essa união e parceria. Muitas vezes precisamos ter paciência e forças para lutar, então esse apoio nos torna mais fortalecidos”, opina.

Jaqueline da Silva Barbosa, 50, é profissional da área há mais tempo. Apesar de ser experiente, ela também considera o grupo útil e produtivo, sendo uma forma de criar novos vínculos. “O grupo mostra que sempre precisamos uns dos outros. É uma ótima forma de conhecermos mais sobre os perfis e a história de cada um e nos ajudarmos com nossa experiência de vida”, diz.

A agenda do grupo conta com atividades diversificadas a fim de atingir vários contextos e habilidades, entre as propostas estão algumas oficinas, dinâmicas, dança, relaxamento, atividades psicomotoras, jogos, entre outras. “Essas atividades promovem a quebra da rotina, o resgate do cotidiano e da história de vida, proporcionando bem-estar e fortalecimento de vínculos.”, explica a terapeuta ocupacional Nívea Barros.

Segundo a psicóloga Ariana Matias, o grupo teve uma boa adesão e as reuniões serão realizadas semanalmente. “Esses momentos trazem benefícios como melhoria do humor e qualidade do sono. É uma forma de o cuidador se sentir pertencente ao espaço e mostrar que a saúde mental dele também é importante para o bom desempenho das atividades”, conclui.

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