“Escrever e projetar a paz por muitas linguagens é ter Gandhi sempre vivo, impulsionando em nós a serenidade”

Este título vem anunciar algo valioso na avaliação que fazemos hoje de nossa cidade dominada pela violência. Dizemos que precisamos de paz, de tranquilidade, de segurança para nossas andanças.


Gandhi, o líder espiritual e temporal de um povo sofrido, dirigiu-se a todos que não gostam de sofrer, transmitindo como Jesus Cristo o verdadeiro sentido de partilha da felicidade. Seus valores estendem-se à relação entre os seres vivos e o planeta, devendo serem transmitidos às sociedades do amanhã para que juntas construam um mundo harmônico, justo e feliz.


E foi pensando nisso que em 2008, por meio da Agência da Boa Notícia, entidade sem fins lucrativos e centralizada em propósitos que gerem todo dia um noticiário diferente dos muitos favorecendo a má notícia, que nasceu o Prêmio Gandhi de Comunicação. Abrindo todas as janelas, a agência passou a despertar o profissional de Comunicação para o seu papel de agente do bem. Ampliou a luz e criou o prêmio.


No balanço dessa realização, seus integrantes contemplam esta noite, quando da solenidade de entrega dos troféus e demais apoios, 402 trabalhos (reportagens, anúncios, notícias, teses de conclusão de cursos) já desenvolvidos em seis anos.


Fugindo do perigo da vaidade e cultivando uma permanente busca de anunciar uma boa notícia, a agência, mesmo com dificuldades, conseguiu firmar-se, levando com ela o Prêmio Gandhi. “Ele mantinha aquela luz do nome que o batizava e ela abria as portas para alcançarmos aqueles que poderiam comungar conosco nesta mesa, gerando os recursos e elementos para as premiações”, revela o presidente, Francisco Souto Paulino.


Solidifica-se o objetivo maior de estimular profissionais de todos os veículos, além dos estudantes dos cursos de Comunicação, a entender sua missão de propagar notícias e projetos de paz.


Esta noite, após o julgamento de 73 trabalhos inscritos, serão conhecidos os vitoriosos. Bem queriam os organizadores premiar todos. Juntos com os autores dos trabalhos e mais os muitos amigos haverá no auditório da Fiec o aplauso merecido. Há a formação de uma família humana com instrumentos nas mãos e um coração maior para não alimentarmos guerras, mas envolvermo-nos no planejamento e execução de pautas e projetos integrados às contribuições das ciências, das ações sociais, do desenvolvimento da cidade, da valorização da educação, da arte etc. Assim, escrever e projetar a paz por muitas linguagens é ter Gandhi sempre vivo, impulsionando em nós a serenidade mental, a estabilidade meditativa e a sabedoria, gerando a luz para a atrair a felicidade.


Frutos são colhidos pelo Prêmio Gandhi de Comunicação e a cidade só tem a agradecer as dádivas, o alimento, o caminho e a energia geradora da Boa Notícia.

Lêda Maria – Escritora e jornalista do O POVO


Artigo publicado no O Povo desta quinta-feira (10) e reproduzido neste site com autorização da autora




 

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