O programa Farmácia Solidária, da Associação dos Amigos do Centro Regional Integrado de Oncologia (Assocrio), atende, mensalmente, cerca de 500 pacientes oncológicos. Segundo a presidente da associação, Cláudia Belém, os medicamentos ajudam a muitos pacientes a passarem pelo tratamento. “Esses pacientes são carentes, e não tem condições de comprarem todos os medicamentos. A farmácia existe para ajudar a amparar essas pessoas”, explica Cláudia.


O tratamento contra o câncer não se resume à quimioterapia. Há os efeitos colaterais que precisam ser amenizados, como dores de cabeça e náuseas. A maioria dos remédios não é bancada pelos planos de saúde ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Alguns deles são mais caros, principalmente, os antibióticos e os medicamentos para dores. Para ajudar os pacientes que não podem arcar com os custos adicionais, a Farmácia Solidária doa os remédios.


No entanto, a farmácia também sobrevive de doações. De acordo com Cláudia Belém, o programa recebe remédios de “ex-pacientes, de pessoas que compram o medicamento, mas que acaba sendo suspendido pelo médico porque desenvolveu alguma complicação. Recebemos dos parentes de pessoas que faleceram que, para não jogar fora, doam para a farmácia e também amostras grátis”.

Demanda

Apesar do esforço coletivo de voluntários e funcionários da Assocrio, é preciso ampliar a arrecadação de medicamentos para dar conta da demanda. No momento, estão faltando remédios importantes como morfina, metadona e codeína. A farmacêutica Rosimeire Florência, responsável pelo Farmácia Solidária, explica que os medicamentos para dores são os mais procurados. “Há uma carência muito grande com relação a doações para remédios para dor, porque são os mais caros”, revela.


Rosimeire expõe, ainda, o sofrimento em dizer a um paciente que não há nas prateleiras o remédio que aliviará a sua dor. “As doações de alguns medicamentos podem ser o suficiente para salvar a vida de uma pessoa”, pondera a farmacêutica.  

 
Doações

Tanto os pedidos de remédios quanto as doações arrecadas passam pelo processo de triagem. Ao receberem um pedido, o programa analisa se o remédio foi receitado pelo médico, e se a pessoa realmente não tem condições de comprar. Já os medicamentos que são doados, passam por uma avaliação, onde se observa data de validade, estado de conservação e outros pontos específicos para ser liberados.


A Farmácia Solidária precisa de anti-inflamatórios, antibióticos e até de xaropes. O projeto também recebe pedido de itens como fraldas geriátricas descartáveis, absorventes, gaze, soro fisiológico, materiais de curativos e até de alimentações especiais como suplementos.

 
Saiba mais

A Assocrio é uma organização sem fins lucrativos, de utilidade pública federal, estadual e municipal, fundada em 2004 e voltada para a linha de responsabilidade social. Surgiu através da iniciativa e união de esforços da sociedade civil, dos funcionários e pacientes do Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio), que é uma instituição especializada na prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer. A grande maioria, cerca de 95%, dos pacientes atendidos pelo Crio é proveniente do Sistema Único de Saúde (SUS) e apresenta inúmeras dificuldades socioeconômicas, além do enfrentamento da doença, o que motivou a criação da associação.

Para ajudar

Assocrio

Endereço Rua Francisco Calaça, 1300, Álvaro Weyne.

Telefone: (85) 3521-1538 / 3521-1500


Com informações da jornalista Camila Vasconcelos

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