É preciso bendizer a mente humana pela sua absoluta capacidade de armazenar o pensamento, no silêncio funcional da suas circunvoluções cerebrais. Este essencial do pensar e raciocinar é invisível, mas tem o poder atravessar distâncias estelares em busca de um além imaginário ou aninhar-se no imo do coração, na ternura do amor também essência.
Neurônios cerebrais comandam o sistema nervoso e órgãos dos sentidos e não representam a forte geratriz desse essencial invisível chamado imaginação, de onde flui o raciocínio que nos torna donos e senhores da razão nativa. Quem seria a geratriz do pensamento? Neurônios não pensam. Só emitem impulsos nervosos.
O filósofo que escreveu: ´penso, logo existo´, insinua a divisão do homem fisiológico do ser essência. Neurônios não fabricam idéias. Eles, apenas, seriam transmissores destas energias imateriais, invisíveis, advindas de fonte, para nós desconhecida, senão admiti-la como espiritual. Nunca confundir memória com imaginação. A memória é centro neuronial biológico das gravações conscientes ou subconscientes, através dos cincos sentidos em nosso redor. A imaginação que se veste de pensamento, é criação imaterial por certo, constituída pela energia da alma, de tal magnitude, que pode transformar os homens em gênios, grandes pensadores, filósofos, inventores, brilhantes oradores, líderes, videntes e santos.
É magnífico quando alguém utiliza sua livre imaginação, retroagindo a um passado distante, revendo emoções longínquas, relembranças ou buscando os arredores do futuro, criando seus sonhos, ambientes, metas e esperanças a alcançar. O pensamento, do qual faz parte nossa consciência, será sempre uma energia essencialmente de origem divina.
O gênio da ciência nuclear, Einstein, não foi tímido quando disse: ´Cada vez que estudo o segredo do átomo, encontro Deus na sua intimidade´.
Não há dúvida de que no milagre da vida e nas asas do qual Deus é a suprema essência e fonte dos nossos segredos.
Geraldo Menezes Barbosa
– jornalista e escritor
geraldom.barbosa@hotmail.com
