Conversava recentemente com um amigo e ele relatava sua insatisfação com um profissional que foi formado dentro de sua empresa, vindo do interior. Foram dados a ele treinamento, moradia, oportunidades e, o mais importante, a confiança. Depois de algum tempo, meu amigo descobriu que estava sendo roubado por ele.

 

Pensei então que estamos sempre envoltos por problemas desse tipo em todos os escalões da sociedade, no pobre e no rico, no interior e na capital… Escândalos de corrupção em todos os poderes, traição, roubos, etc…

Numa sociedade que tem os valores baseados em métricas financeiras, não poderia ser diferente. Medimos a felicidade pelo grau de riqueza, o mais rico é o mais feliz. O sucesso é medido pelo crescimento da conta bancária. Acaba que caímos em um jogo de topa tudo por dinheiro.

Palavras como gratidão, princípios, valores, bondade, virtudes, honra e amor foram simplesmente esquecidas ou, no mínimo, utilizadas com duplo sentido para estimular uma compra ou algo parecido.

O problema é moral! Enquanto os valores forem esses teremos gerações e mais gerações caminhando com esse objetivo: ser rico, ter sucesso… a qualquer preço.

Fico pensando então que as antigas sociedades, tidas inclusive como selvagens (índios, incas), provavelmente, fossem muito mais próximas de Deus e preenchidas de princípios e valores do que a nossa sociedade.

Talvez nossa geração (anos 1960, 1970, 1980) não veja mais uma mudança significativa quanto a esse “objetivo” de vida, esse direcionamento, mas precisamos e podemos ser os protagonistas de uma nova sociedade, um novo ciclo há de iniciar. Ensinando a nossos filhos, essa geração do século XXI, novos valores. Resgatando a importância da formação para a vida, despertando as virtudes da bondade, da generosidade e da honra nessas sementes que plantamos. Mostrando a eles que a felicidade está muito mais próxima da paz interior do que do poder ou de métricas financeiras. O dinheiro poderá vir, e até virá, como consequência de um trabalho, mas não como fim.

A nova geração precisa de um maior contato com Deus, para ser reflexo dele. Exemplos de grandes homens da humanidade como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Mandela, Jesus Cristo e Luther King precisam ser resgatados, reverenciados e vividos em nosso dia a dia. Somente assim teremos uma nova sociedade, formada por homens de princípios e valores.

 

Giuliano Sales Loureiro – Filósofo da Associação Cultural Nova Acrópole e empresário
giuliano@servis.com.br

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