Na última terça (15), economistas de renome nacional reuniram-se em Fortaleza para o debate “Brasil: Desafios e Oportunidades de um cenário econômico”. O evento, realizado pela VSM Comunicação, empresa pioneira em comunicação corporativa no Ceará, marcou os 27 da agência, que tem Marcos André Borges como diretor geral.


Os especialistas discutiram as soluções políticas e econômicas para a atual crise. Entre os espectadores, empresários, gestores públicos, jornalistas e autoridades estaduais. Durante o debate, os especialistas ressaltaram a necessidade de reformas no setor público para fazer o Brasil crescer economicamente e as escolhas da sociedade civil para definir o modelo desse crescimento.


No currículo dos debatedores da noite, vasta experiência no setor público e na área acadêmica.  Helder Medeiros Rebouças é consultor legislativo do Senado Federal na área de Orçamento Público e Finanças, diretor executivo do Interlegis do Senado Federal, e ex-diretor geral daquela Casa Legislativa. É Doutor em Direito (UnB) e Mestre em Economia (Caen/UFC); Mansueto Almeida atua como consultor independente e especialista na área de Contas Públicas, é Mestre em Economia pela USP), e cursou Doutorado em Políticas Públicas (MIT, EUA). É técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea (atualmente licenciado) e foi coordenador-geral de Política Monetária e Financeira no Ministério da Fazenda. Flávio Ataliba é diretor geral do Ipece (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará). É pós-doutor em Economia (Harvard/EUA e Universidade Técnica de Lisboa/Portugal), e Mestre em Economia pela UFC, onde foi coordenador do Mestrado (CAEN).


Abrindo o debate, Mansueto Almeida destacou as diversas reformas que o Brasil realizou a partir dos anos 90, as melhorias econômicas e sociais nos últimos 10 anos e as ações adotadas pelo Governo brasileiro para enfrentar a crise internacional de 2009. Entretanto, ele apontou que o governo, como um todo, não aproveitou o momento de crescimento para fazer as reformas estruturais necessárias. Ainda de acordo com ele, o cenário de pessimismo e incerteza foi motivo para forte retração nos investimentos pelo setor privado. Ele utilizou  exemplos da Finlândia, Suécia e Inglaterra, de como o forte crescimento econômico é capaz de prover benefícios nas áreas da saúde, educação e bem estar social.


Sob o ponto de vista do legislativo, Helder Rebouças, alerta para que os olhos da sociedade, principalmente o setor privado, se voltem para as movimentações do congresso nacional que são vitais para a formulação das reformas que o Brasil precisa. “As reformas estruturais requerem um trabalho político de grande magnitude. Todas essas reformas, citadas pelo Mansueto, passam pelo congresso nacional”, reforça ele.


Flávio Ataliba reforçou a ideia de que economia e política andam juntas e que as soluções de hoje passam por essa dinâmica. Ele também concorda que o Brasil precisa de reformas e que as instituições estão sendo colocadas à prova neste momento. Provocado pelo mediador Ruy Lima sobre quem seriam os reais beneficiados com os ajustes na economia, Flávio argumentou que a participação da sociedade na política vai definir o modelo do crescimento. “O Brasil obteve avanços fantásticos na área social, possíveis por meio de reformas do Governo FHC e escolhas do Governo Lula. Porém, manter esses benefícios por longo tempo demanda recursos. Hoje, a sociedade quer aumentar o poder de compra do salário mínimo, quer o aumento nas oportunidades de emprego e renda, e não quer pagar mais impostos. Essas são demandas legítimas, mas há restrições do lado fiscal que precisam ser revistas”, responde. Flávio acrescenta que as eleições de 2018 são fundamentais para debater essas questões com a sociedade e definir em que direção serão os ajustes.

Desenvolvimento

Os economistas foram unânimes em afirmar que a continuidade do desenvolvimento social, depende do crescimento econômico e o surgimento de novas lideranças políticas capazes de articular as reformas necessárias.


Marcos André, presidente da VSM Comunicação, ressaltou como a necessidade do debate atual coincide com o que acontecia de importante, no Brasil e no Mundo, no primeiro ano da VSM, em 1989. “Foram 27 anos de desafios e oportunidades. Nessa trajetória, em 1989, assistimos a construção de ‘pontes’ com a queda do Muro de Berlim, a reorganização do estado democrático de direito através das eleições diretas para nossos governantes. Agora vivemos mais um momento de desafio que requer diálogo, com debates propositivos, rumo a novas oportunidades”, reflete o gestor.


Com informações da VSM Comunicação

Foto*: Flávio Ataliba, Mansueto Almeida, Marcos Andre e Helder Rebouças

 

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