Movimentos sociais e pessoas em situação de rua se reúnem, hoje (19), às 16 horas, no Centro de Fortaleza, para marcar o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua. O Ato pela Vida pretende reivindicar o respeito aos direitos das pessoas em situação de rua e a efetivação das políticas públicas voltadas para esse segmento da sociedade. O evento terá concentração na Praça Dom Pedro II, em frente à Catedral. Em seguida, os participantes seguirão para o Paço Municipal.
Um dos pontos a serem abordados no ato é a violência praticada contra pessoas em situação de rua. O próprio Dia Nacional de Luta foi criado a partir de crimes até hoje impunes: os do chamado Massacre da Sé, onde sete moradores de rua foram mortos no Centro da cidade de São Paulo. Os crimes ocorreram entre os dias 19 e 22 de agosto de 2004. As investigações apontaram seis pessoas como autoras dos crimes (cinco delas à época eram policiais militares), mas somente uma denúncia, referente a uma morte, foi aceita pela Justiça paulista.
Onze anos após o Massacre da Sé, a violência continua sendo uma das principais vulnerabilidades da população em situação de rua no Brasil. Dados do Disque 100 apurados entre 2012 e 2013 mostram crescimento de 40% no número de denúncias do tipo recebidas pelo serviço. A maioria se refere à negligência. Em seguida, vem a violência psicológica e a física.
Para o coordenador no Ceará do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), Francivaldo Paixão Freire, o objetivo do Ato pela Vida é chamar atenção para a recorrente violação dos direitos das pessoas em situação de rua. “Não podemos esquecer o Massacre da Sé, pois ele continua ocorrendo nas capitais brasileiras. Estar na rua já é uma violência. Lutamos pela visibilidade das pessoas em situação de rua, pois são cidadãos que têm direito à dignidade humana.”
Serviço
Ato pela Vida
Data: 19 de agosto
Horário: 16 horas
Local: Concentração na Praça Dom Pedro II, em frente à Catedral Metropolitana de Fortaleza
Com informações do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e da Pastoral do Povo da Rua
