A realização da Conferência Nacional de Comunicação (CNC) é uma demanda histórica deste movimento de luta pela democratização da comunicação. As conferências vêm sendo um importante instrumento em diversas áreas para garantir a participação da população organizada na discussão e definição de políticas públicas de um determinado setor do Estado. Desde junho de 2006, a conferência virou uma bandeira nacional do campo da comunicação. Agora, chegou o momento de os movimentos populares pressionarem para garantir o caráter democrático da CNC.
No Ceará, desde meados do o ano passado, diversas entidades e comunicadores populares têm se reunido para mobilizar a sociedade civil, os agentes públicos e outros(as) interessados no tema da comunicação social para pressionar o Governo Federal pela realização de uma Conferência Nacional para o setor. Em janeiro, começou a ser organizada, de forma mais efetiva, a Comissão Estadual Pró-Conferência de Comunicação (CPC-CE) com a participação, inicialmente, de algumas entidades.
A partir de março, já são mais de 20 entidades, além de outros integrantes individuais, que têm participado das reuniões semanais do comitê. Os encontros têm envolvido diferentes públicos, como organizações não-governamentais, rádios comunitárias e educativas e entidades estudantis, além de representações da Prefeitura Municipal de Fortaleza e de mandatos parlamentares.
A mobilização que ocorre no Ceará é consequência direta da articulação de coletivos, movimentos, sindicatos, universidades e outras instituições, que, desde 2007, fortalecem o Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação (www.proconferencia.com.br). Essa iniciativa formou uma rede atuante em todos os Estados, com a constituição de comissões estaduais. Do anúncio do presidente Lula, no Fórum Social Mundial deste ano, já se passaram mais de dois meses. A sociedade civil espera que o Governo Federal cumpra a palavra e convoque, oficialmente, a conferência tão esperada.
Daniel Fonseca
– Jornalista
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