Qualquer pessoa pode notar que as transformações, seja em que campo for, passaram a ocorrer de modo cada vez mais rápido no mundo atual, forçando-nos a uma adaptação igualmente ágil e exigindo cada vez mais conhecimento a cerca desse novo cenário: talvez aí esteja traçado um dos caminhos para direcionarmos essa realidade implacavelmente mutável a nosso favor e a favor do bem comum.

Com a crise econômica mundial, intensificada nos últimos meses e que já atingia várias partes do mundo muito antes de anunciada pelos governos, o modelo capitalista deixou ainda mais à mostra suas contradições e fragilidades, impelindo-nos para a busca de soluções aos velhos e novos desafios.

A procura irrefreável pelo lucro, o ataque ao meio-ambiente, a violência em toda parte, a falta de empregos (os quais diminuem à medida que avançam as tecnologias), todos estes grandes problemas sociais se agravam de modo assustador, exigindo atitude imediata de cada um de nós.

Diante do cenário atual, a mera crítica ao governo ou as lamentações habituais e resignadas se transformaram em argumentos menos aceitáveis ainda: torna-se imperioso agir, direcionar ideias para a construção de uma nova realidade.

Uma prova concreta dessa indispensável reação frente aos problemas do mundo atual, aqui mesmo na cidade de Fortaleza, por exemplo, é a ONG Agência da Boa Notícia (ABN), que tive a oportunidade de conhecer há algum tempo por meio de Carmina Dias, uma das assessoras de lá. Segundo ela, a ABN (dirigida pelo jornalista e professor Souto Paulino) surgiu com o objetivo de estimular a cultura de paz através da comunicação para fortalecer, na notícia, o compromisso com a valorização da vida.

Não se trata, portanto, de fechar os olhos para a realidade, mas de reforçar valores positivos que, mesmo essenciais, muitas vezes são esquecidos por boa parte da mídia em detrimento dos mais diversos fatores e interesses.

Construindo uma nova consciência para o comunicador e o público, a ABN contribui para a implementação de uma cultura de paz, na busca de uma sociedade mais pacífica. Além de promover workshops, atuar como agência de notícias, agente capacitador e pólo difusor da notícia pela paz, ela realiza ainda o Prêmio Gandhi de Comunicação, cujos objetivos, dentre outros, é destacar os trabalhos que mais contribuem para a cultura de paz e chamar a atenção da sociedade para a importância do tema.

Profissionais de Jornalismo ou Publicidade, bem como estudantes de Comunicação Social, podem concorrer com até três trabalhos em diversas categorias, tais como: jornalismo impresso, radiojornalismo, fotojornalismo, telejornalismo, peça ou campanha publicitária. As inscrições são gratuitas e será concedido um valor total de trinta mil reais em prêmios. (Para mais informações, basta acessar o site www.boanoticia.org.br).

* Artigo publicado em 29.04.09 no jornal O Estado e reproduzido neste site com autorização do autor.
Cherlanyo Barros
– escritor
cherlanyobc@yahoo.com.br

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