Tornando-se o primeiro país da África a eliminar a malária em meio século, Cabo Verde passou três anos sem um único caso de transmissão da doença, até então, responsável pela maioria das mortes anuais no país. Maurício, outro país insular nos mares africanos, havia sido o último país a eliminar a malária, em 1973.
Todos os viajantes internacionais e migrantes que chegam ao Cabo Verde têm acesso gratuito a diagnósticos de malária, o que tem sido uma das estratégias do país para controlar a propagação do parasita. O controle ativo de mosquitos também ajudou, assim como um aumento geral no padrão de testes e tratamentos.
“Esse sucesso reflete o trabalho árduo e a dedicação de inúmeros profissionais de saúde, colaboradores, comunidades e parceiros internacionais. É um testemunho do que pode ser alcançado por meio do comprometimento coletivo com a melhoria da saúde pública”, disse a Ministra da Saúde de Cabo Verde, Dra. Filomena Gonçalves, à BBC.
Erradicação da elefantíase
Já no sudeste asiático, o governo de Laos foi recentemente elogiado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por sua bem-sucedida erradicação da filariose linfática. Mais conhecida como elefantíase, é uma doença parasitária debilitante transmitida por mosquitos. Por séculos, tem afligido milhões de pessoas em todo o mundo, causando dor, incapacidade grave e preconceito social.
O Laos é o 18º país nos trópicos asiáticos e do Pacífico a erradicar a doença de sua sociedade, provando que medidas determinadas podem ter sucesso mesmo entre os países de baixa renda. Também é a segunda doença tropical negligenciada que o país eliminou, após a eliminação da tracoma – doença inflamatória ocular, uma conjuntivite, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis – como um problema de saúde pública em 2017.
Para eliminar a doença, que, até 2002, era endêmica em apenas uma província do sul do Laos (Attapeu), as autoridades locais de saúde e parceiros forneceram medicação preventiva às comunidades em risco de 2012 a 2017. Os esforços de eliminação também incluíram ações para reduzir a malária e a dengue, com a distribuição de redes tratadas com inseticida de longa duração e amplas campanhas de educação em saúde.
“O feito de nosso país foi possível graças a anos de esforços coletivos de profissionais de saúde dedicados, juntamente com o apoio da OMS e parceiros”, disse o Dr. Bounfeng Phoummalaysith, Ministro da Saúde do Laos.
Com informações do portal Goodnews.network