Nas últimas semanas, um jogo conhecido como Baleia Azul ganhou notoriedade por incentivar o suicídio de adolescentes. Em reação, uma dupla de publicitários idealizou a versão positiva do game, com desafios que estimulam a corrente do bem-estar.



Foto: Reprodução / Facebook Eu Sou Baleia Rosa


Descobrir que uma pessoa que você ama segue uma série de 50 tarefas cujo o objetivo é levá-la ao suicídio é desesperador. Mas é o que propõe o “Baleia Azul”, um jogo mortal que vem sendo praticado em comunidades fechadas nas redes sociais. Nas últimas semanas, o jogo ganhou notoriedade, principalmente, com notícias de que adolescentes estavam seguindo as atividades propostas pelo Baleia Azul. Chocados com o teor do jogo, dois publicitários paulistanos criaram o “Baleia Rosa”, uma versão positiva do game, que propõe uma lista de tarefas do bem e estimula a corrente do bem-estar.


Entre as propostas da “Baleia Rosa” estão tarefas como “Converse com alguém com quem você não fala há muito tempo” e “Grite na rua: eu me amo”. “Fomos lendo a lista da Baleia Azul e tentamos fazer o extremo oposto”, diz a publicitária, que preferiu não se identificar.


Criada em abril deste ano, a página da versão do bem do jogo já conta com mais de 197 mil seguidores. “Fiz um pequeno anúncio no Facebook e marquei no filtro as pessoas mais propícias a buscar a Baleia Azul. Minha intenção era chegar às pessoas que estavam buscando o ‘errado’ pra dar outra visão a elas”, conta a publicitária.


Desde que a página foi criada, já recebeu mensagens até de professores falando que usariam as novas tarefas com os alunos na escola. “Se tornou uma corrente do bem. A gente viu que tem muita gente copiando os posts e ficamos felizes com isso”, destacaram os criadores da Baleia Rosa.


A dupla de publicitários buscou orientação de uma amiga psicóloga ao receber publicações de pessoas com depressão e pedidos de ajuda. A psicóloga lê os textos e responde. “Em alguns casos, orientamos para procurar o CVV (Centro de Valorização da Vida)”, afirmou uma das idealizadoras do Baleia Rosa.

Alerta

Especialista entrevistado pelo portal do Jornal do Commércio (JC Online), o psicólogo Igor Lins Lemos, alertou que o “Baleia Azul” é uma forma de banalizar a violência e não deve ser considerado um jogo. Lemos se preocupa com estratégias que levam pessoas, especialmente aquelas emocionalmente mais vulneráveis a praticarem autolesões.


Como prevenção, o psicólogo recomenda que a família converse sempre com as crianças e os adolescentes. “Indico o controle parental (uso de programas ou vigilância para monitorar e seguir as atividades online nessa faixa etária) para que os pais tenham ideia do que os filhos visualizam e fazem na internet. É preciso também conversar sobre o assunto”, orientou Igor Lins Lemos.


Com informações dos portais Isto É e JC Online.


Mais informações: Facebook/eusoubaleiarosa

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