Estamos em meio a um processo eleitoral. Ainda há o segundo turno aos cargos majoritários, mas os nossos representantes legislativos já estão eleitos. Muitos eleitores foram às urnas empolgados, outros à força, mas estamos num regime representativo e, para que seja realmente democrático, precisamos ir além do direito de votar.


O que a quase totalidade das pessoas esquece é que o exercício do mandato dos parlamentares precisa ser fiscalizado e enriquecido com nossas sugestões e demandas ao longo dos anos. Mas, quem se dispõe? Com todos os recursos tecnológicos e de informática disponíveis, quem costuma assistir à TV Assembleia, rádio Assembleia, TV Senado, TV Câmara? Ou navegar nos sites dessas casas parlamentares? Quem sabe quais projetos de lei estão tramitando nessas casas? Quem sabe quantas sessões ocorrem na semana, qual a frequência dos parlamentares? Quem já assistiu a uma sessão da Câmara Municipal?


E não adianta dizer que não tem tempo. Muitos gastam horas em redes sociais ou sites de entretenimento, jogos passa-tempo, à qualquer hora do dia ou da noite.

Assim, por esses endereços eletrônicos nos favoritos e visitá-los com frequência, é apenas uma questão de opção.


Então, esse trabalho básico de acompanhamento, mesmo on line, dos parlamentares já seria um grande passo. Não podemos reclamar de políticos corruptos se somos negligentes com nossos mandatários.


Os políticos farão tudo o que uma sociedade de cidadãos omissos permitir que eles façam. Entregar o galinheiro aos cuidados das raposas é uma atitude no mínimo ingênua. Comecemos agora uma nova fase, um novo tempo.


Marcos José Diniz Silva – historiador e professor Uece

Artigo publicado no jornal Diário do Nordeste e reproduzido neste site com autorização do autor

 

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