O anúncio da primeira ação efetiva do novo governo, a criação de um programa, na área de Desenvolvimento Social, que pretende erradicar a pobreza extrema do País, promessa de campanha da Presente e reafirmada no discurso de posse, não poderia deixar de ser enaltecido por todos nós. O fim da miséria é tarefa difícil, mas possível e exige participação efetiva da sociedade, velando e denunciando, se necessário, as execuções das metas, para que um programa, tão bonito como esse, não fracasse, como o Fome Zero, sendo englobado pelo Bolsa Família, que deveria ser um programa emergencial e tornou-se contínuo.


Nestas condições, são esmolas, que não enobrecem e nem dão oportunidade a ninguém. O trabalho em condições apropriadas, com remuneração digna, leva a vida a ser sempre alegre e produtiva, traz dignidade ao homem. A presidente Dilma Rousseff continua afirmando: “sua principal missão no comando do País será a luta pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos”.


Ela tem razão, pois negar a oportunidade de trabalho a uma pessoa é negar-lhe seus direitos humanos. Fiquei entusiasmado com as vertentes do plano: construir um programa de investimentos baseado na inclusão produtiva; ampliar a rede de serviços sociais do governo e transferência de renda. Lembro o filósofo popular Gonzagão: “uma esmola para o homem que está são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.


O desemprego leva ao ócio, que é o pai de todos os vícios e tem poderes devastadores sobre as famílias e as comunidades. Pela primeira vez, vejo um plano que faz bem a todos e é exequível: temos riqueza, assim como invejáveis progressos tecnológicos, para criar boa infra estrutura; o que não pode é a excessiva burocracia, os entraves internos de o governo ir contra o governo.


Sonho com a ocupação deliberada e racional da Amazônia, que não pode permanecer pobre e estagnada, nem sofrer ameaças estrangeiras; com a apropriação e um desenvolvimento moderno, para o cerrado e a caatinga; sonho, ainda, com milhões de empregos e com a extinção deste flagelo vergonhoso, que é a pobreza extrema. Vamos sonhar juntos!


Artigo publicado em 11.01.2011 no jornal Diário do Nordeste e reproduzido neste site com autorização do autor.

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