O aquecimento global foi tema central do documentário Uma Verdade Inconveniente, lançado há sete anos pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore. Com o objetivo de mostrar a verdade sobre as mudanças climáticas, o filme conquistou um Oscar no ano seguinte.


Mas quanto tempo se passou antes que esse assunto fosse debatido publicamente e compreendido como fundamental para o planeta? Isso ocorreu graças à persistência dos ambientalistas que, durante anos, foram chamados de exagerados ou de ‘ecochatos’. Hoje se comprova que estavam certos e ninguém mais discute a importância da sustentabilidade.


O que aconteceu com o meio ambiente é o que ocorre hoje, no Brasil, com a temática do aborto, cuja legalização vem sendo debatida em alguns âmbitos e por alguns setores da sociedade.


Antes de qualquer decisão, é necessário saber como tudo funciona em países onde o aborto pode ser feito legalmente. Nos Estados Unidos, onde a prática é legalizada há 40 anos, o procedimento se transformou em uma indústria – poderosa, bilionária e altamente lucrativa. Existe uma agressiva ação de persuasão das clínicas para estimular jovens a realizar o aborto.


O polêmico documentário Blood Money – Aborto legalizado, que entra em cartaz em circuito nacional de cinema neste 15 de novembro, denuncia a triste realidade americana, no país que se tornou símbolo internacional da cultura da morte. Fica a pergunta: é este futuro que desejamos para o Brasil?


É preciso que o debate inclua informações esclarecedoras para inúmeras dúvidas: a mulher tem o direito de fazer o que quiser com seu corpo mesmo se dentro dele existir uma nova vida em formação? As mulheres não têm o direito de conhecer todas as possibilidades de contracepção? E também não têm de conhecer as sequelas físicas, psicológicas e emocionais decorrentes de um aborto?


Há que se levar em conta, ainda, uma questão crucial: a ciência já deu o veredito de que a vida começa na concepção. O Projeto Genoma comprova isso pelo DNA. Ultrassons modernos mostram um coraçãozinho batendo com 21 dias de fecundação.


E mais: segundo o artigo 5º da Constituição Federal, o direito à vida é inviolável, o mais fundamental de todos, a partir do qual derivam todos os demais. Assim, impedir o desenvolvimento de uma vida vai contra a mais alta lei do País, não importa em que momento da gestação isso seja feito. Afinal, tem direito humano mais básico e mais primordial do que o direito de nascer?

Luís Eduardo Girão – é Diretor da Estação Luz Filmes – legirao@hotmail.com


Artigo publicado no jornal O Povo em 14 de novembro de 2013

 

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