Foi com o intuito de contribuir para a felicidade das crianças que estão à espera por adoção  e proporcionar um futuro de maior oportunidade para elas que a Ong Acalanto Fortaleza surgiu. Para encurtar caminhos, orientar e ajudar no percurso da união e pela família




Foto: Arquivo Pessoal


Lucineudo Machado com o seu filho Messias Matheus, doação, amor e cumplicidade


Família, lar, amor, acalanto… são palavras que resumem a fortaleza e o alicerce dos homens. Ao nascer toda criança precisa ser cuidada, amada, acalentada. Infelizmente ainda há nascimentos seguidos de abandono e rejeição. O número de crianças a espera de um lar é grande e os processos tendem a ser demorados. Foi pensando em contribuir para a felicidade desses pequenos e proporcionar um futuro de maior oportunidade que a Ong Acalanto Fortaleza surgiu. Para encurtar caminhos, estreitar laços, construir pontes para unir vidas.


Para ressaltar o dia Nacional da Adoção, 25 de maio, a Ong Acalanto organizou uma série de atividades voltadas para o tema. A agência da Boa Notícia conversou com o vice-presidente da Instituição e professor universitário Lucineudo Machado. Há três anos o militante na causa da adoção adotou o seu filho. “A vida pós-paternidade para mim tem muito mais cor, muito mais alegria. Sou totalmente realizado com o meu filho, afirma Lucineudo. Ele conversou com a Agência da Boa Notícia e fez alguns esclarecimentos sobre a Ong Acalanto Fortaleza. Acompanhe

Entrevista
(Agência da Boa Notícia) Como surgiu a ONG Acalanto e há quanto tempo vocês desenvolvem as atividades?
Lucineudo Machado – Surgiu há três anos. Havia uma necessidade, um desejo dos pais adotivos e comunidade civil de um modo geral para militar pela causa da adoção no estado do Ceará. Começamos com duas adoções. Na época não havia ongs de adoção no estado, os futuros pais procuraram ajuda na Acalanto da cidade de Natal. Houve um acompanhamento por parte da Acalanto Natal dessas duas primeiras adoções e na sequência foi fundada a Acalanto Fortaleza. Somos um grupo de apoio à adoção. Oferecemos suporte jurídico e psicológico e também trabalhamos por uma nova cultura de adoção.

(ABN) O trabalho realizado é voluntário? Quantas pessoas estão envolvidas diretamente?
L.M – O trabalho é voluntário e nós temos de quarenta a cinquenta pessoas (entre voluntários ativos e colaboradores) envolvidos de alguma forma no nosso projeto.

(ABN) Para aqueles que desejam adotar uma criança, qual caminho deverá ser percorrido?
L.M – No que se refere a quantidade de passos, o percurso é curto. No geral pode ser resumido da seguinte forma. Em um primeiro momento é necessário que a pessoa procure o fórum, levando a sua documentação pessoal e a partir daí preencher o perfil da criança. Em seguida haverá uma entrevista com a equipe multidisciplinar do fórum, haverá também uma visita feita por essa equipe em casa. Será feito também um curso preparatório para posterior habilitação. Depois o nome do pretendente será inserido Cadastro Nacional da Adoção. No nosso site temos o passo a passo. Só incentivemos adoção através do cadastro.

(ABN) Vocês (ONG) recebem alguma ajuda estadual, municipal ou de empresas privadas?
L.M – Não recebemos ajuda. Funcionamos através da doação de voluntários e também por conta do que arrecadamos nas campanhas realizadas durante o ano.

(ABN) Por que você resolveu se doar à causa da adoção? Qual é o seu maior estímulo?
L.M – Em 2014 eu adotei o meu filho. Na época ele tinha 7 anos, hoje está com 10. Na época eu participei de uma reunião de pais com o pessoal da acalanto, me inteirei da causa e estar assessorado pela ong foi fundamental para que eu adquirisse condição emocional e práticas no que diz respeito às questões da adoção.

(ABN) Qual a maior dificuldade encontrada pelos pais em adotar uma criança?
L.M – Hoje eu diria que a maior dificuldade em adotar uma criança é o longo período de espera. Isso se dá sobretudo por dois motivos. O primeiro deles diz respeito as equipes limitadas no judiciário, que trabalham no caso de destituição de poder familiar, para que as crianças possam ser encaminhadas para adoção. O outro motivo se refere a crença de que muitos pais não querem adotar crianças maiores. Em geral as crianças que esperam por um lar não são tão pequenas.

(ABN) Qualquer pessoa que precise de ajuda/esclarecimentos em torno da questão da adoção poderá procurar a instituição?
L.M – Estamos à disposição. Seja através do site ou por telefone. A Ong organizou   uma série de ações meses de maio e junho para ressaltar e debater a causa.

Programação:

• 25 de maio (quinta, Dia Nacional da Adoção): Audiência Pública, na Assembleia Legislativa, a partir das 14h;

• 27 de maio (sábado): Caminhada da Adoção, no Aterrinho da Praia de Iracema, a partir das 16h;

• 28 de maio (domingo): Bate-Papo Adotivo, com pais e pretendentes à adoção, na Assembleia Legislativa, das 9 às 11h;

• De 15 a 17 de junho (de quinta a sábado): XXII Encontro Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (evento nacional, sediado em Fortaleza), na Assembleia Legislativa, nos turnos manhã tarde e noite.

Serviço

Acalanto Fortaleza
www.acalantofortaleza.com.br

Telefone: (85) 988546476

 


 

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