Em 1894, Alfred Dreyfus, jovem e brilhante capitão da artilharia do exército francês, de origem judaica, acusado de alta traição, julgado a portas fechadas por uma corte marcial e condenado ao degredo perpétuo na ilha do Diabo. A base para a acusação foi um papel que enumerava segredos militares franceses entregues ao adido.

Seu julgamento ficou conhecido como um dos maiores erros judiciais da história. Emile Zola, escreveu um violento artigo em sua defesa chamado “Eu acuso”, publicado em jornal, dirigindo-se ao o Presidente da República Francesa, citava e acusava nominalmente de mentirosos e fraudadores  todos os generais responsáveis pelo embuste que incriminou Dreyfus.

Vários intelectuais ratificaram Zola, outros escreveram artigos exaltados advertindo a sociedade francesa de que a confiança cega no clero e no exército era desmerecida e perigosa para a segurança social. Na França de então o antissemitismo era forte. O caso Dreyfus serviu apenas como estopim para exaltação de correntes políticas adversas que pregavam o ódio aos judeus, a volta do regime monárquico, a manutenção da República como regime político, o capitalismo liberal, as ideias comunistas de Kal Max. Em 1906 Dreyfus, é libertado. A máxima de que é analisando o passado que se constrói o futuro nunca foi tão atual.

 
O Caso de Dreyfus

Autor: Louis Begley

Número de páginas: 232

Editora: Companhia das Letras 

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