No País, estima-se que 300 mil pessoas tenham a doença de Parkinson, segundo a Associação Brasil Parkinson. A doença degenerativa afeta o sistema motor, provocando rigidez e tremores. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a enfermidade. A cura ainda não foi alcançada, mas há tratamentos para controlar o avanço. Uma deles é o tratamento transdérmico (adesivo), uma alternativa boa para pílulas e injeções.


Disponível em 40 países, o Neupro chegou às farmácias brasileiras no segundo semestre de 2015. Ele é aplicado sobre a pele, liberando a medicação de forma estável e contínua no decorrer de 24 horas. Segundo o laboratório UCB, que produz o medicamento, já são mais de 190 mil pacientes tratados com Neupro em todo o mundo.


O medicamento pode ser usado tanto na fase inicial quanto em estágios mais avançados de Parkinson. Apesar da vantagem de não passar pelo trato gastrointestinal, o que elimina o risco de náuseas, o medicamento não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  Vale destacar que em casos mais graves da doença, há pacientes que chegam a ingerir oito comprimidos por dia. A quantidade de pílulas pode gerar esquecimento de algum deles ou até a desistência do tratamento.

Saiba mais

Primeiro ponto que deve ser observado é que o uso do medicamento deve ser orientado pelo médico do paciente, que avalia qual é o melhor tratamento para a pessoa.


O adesivo é aplicado sobre a pele limpa, seca e saudável dos ombros, braços ou abdômen. Ele deve permanecer por 24 horas no local. Na substituição, o Neupro deve ser colocado em outra parte do corpo. O tratamento transdérmico aumenta a adesão dos pacientes, pois é mais cômodo. Com o avanço da doença, muitas pessoas têm dificuldade de engolir os comprimidos.


O remédio é um agonista dopaminérgico, o que significa que age diretamente nos receptores de dopamina, um neurotransmissor responsável pelos movimentos. De tal forma, é um medicamento eficaz no controle dos distúrbios motores. Além da eficácia, a segurança e tolerabilidade também são bem vistas pela classe médica, principalmente pela baixa interação com outros medicamentos.

Sobre a doença

A doença de Parkinson é causada pela deterioração de neurônios dopaminérgicos da substância negra cerebral e também pelo comprometimento de outras regiões, como o núcleo dorsal do vago, sistema olfatório e alguns neurônios periféricos. Fatores genéticos também devem ser considerados, principalmente em casos precoces (antes dos 50 anos), que são mais raros.


Ela é caracterizada por tremor de repouso, tremor nas extremidades, instabilidade postural, rigidez de articulações e lentidão nos movimentos. Há também outros sintomas não motores, como a diminuição do olfato, distúrbios do sono, alteração do ritmo intestinal e depressão.


Para diagnosticar o problema, é preciso atenção. A doença pode iniciar entre 10 e 15 anos antes dos sintomas se evidenciarem. Quem apresenta tremores deve procurar ajuda médica, pois eles também podem ser causados por outros motivos e por efeito colateral de alguns medicamentos.


A confirmação da doença é feita por exames neurológicos e pela avaliação do histórico do pacientes. Inicialmente, a ressonância magnética e a tomografia podem ser realizadas com o intuito de descartar outras doenças. Feito isso, pode-se partir para os radiotraçadores PET e SPECT, que avaliam a função dos neurônios dopaminérgicos.


Com informações do SóNotíciaBoa, Correio do Estado, Jornal DiaDia, Academia Brasileira de Neurologia e da Associação Brasil Parkinson.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here