Em matéria publicada no site sonoticiaboa.com, o jornalista Rinaldo de Oliveira fala sobre os malefícios causados à saúde de trabalhadores que, em seus ofícios são subordinados a chefes despreparados
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Em matéria publicada no site sonoticiaboa.com.br, o jornalista Rinaldo de Oliveira fala sobre os malefícios causados à saúde de trabalhadores que, em seus ofícios são subordinados a chefes despreparados.
Além de comprometer o rendimento do colaborador, pessoas que rotineiramente vivem essa realidade, têm a saúde prejudicada, sendo algumas de forma irreparável.
Para orientar jornalistas (e o público em geral também) no que diz respeito a Assédio Moral no trabalho, o Sindicato dos jornalistas do Distrito Federal lançou a cartilha: “Assédio Moral :Uma violência que não pode ser silenciada“, tendo como finalidade instruir trabalhadores não só da área da comunicação, mas qualquer pessoa que se sinta necessidade de esclarecimentos.
Acompanhe na reportagem
Assédio moral no trabalho? Cartilha ensina como agir. Denuncie!
Por Rinaldo de Oliveira, da redação do SóNotíciaBoa.
O poder que sobe à cabeça e transforma chefes em déspotas tem nome: assédio moral…e isso tem que ser denunciado!
Chefias que humilham, constrangem, ameaçam, desqualificam, maltratam, retaliam funcionários, chamam de incompetentes, fazem cobranças com palavras duras e até xingam o trabalhador não podem ser toleradas em qualquer profissão.
Mas como fazer para denunciar esse mal profissional sem perder o emprego? É o grande dilema do funcionário perseguido.
Esta semana o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal deu um grande passo para ajudar quem está sofrendo – muitas vezes calado – dentro e fora das redações.
Lançou uma cartilha chamada “Assédio Moral: Uma violência que não pode ser silenciada”, que serve para qualquer tipo de trabalhador, da imprensa ou não.
“Hoje o assédio é a principal doença do jornalista porque provoca stress, depressão, síndrome do pânico. Como você consegue trabalhar num ambiente assim?”, questiona um dos coordenadores da cartilha e do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Wanderlei Pozzembom, em entrevista ao SóNotíciaBoa.
O sindicato fez uma pesquisa com a categoria entre 2015 e 2016 perguntando o que pode melhorar a qualidade de vida do jornalista e os problemas que ele mais sofre. Deu assédio moral na cabeça. Daí surgiu a ideia de lançar a cartilha.
“O número de assédio é alarmante”, revela.
Consequências
Veja o que o assédio provoca nos trabalhadores, de acordo com o livro “Uma jornada de humilhações” de M. BARRETO.
SINTOMAS |
MULHERES |
HOMENS |
Crises de Choro |
100 |
– |
Dores generalizadas |
80 |
80 |
Palpitações, tremores |
80 |
40 |
Sentimento de inutilidade |
72 |
40 |
Insônia ou sonolência excessiva |
69,6 |
63,6 |
Depressão |
60 |
70 |
Diminuição da libido |
60 |
15 |
Sede de vingança |
50 |
100 |
Aumento da pressão arterial |
40 |
51,6 |
Dor de cabeça |
40 |
33,2 |
Distúrbios digestivos |
40 |
15 |
Tonturas |
22,3 |
3,2 |
Idéia de suicídio |
16,2 |
100 |
Falta de apetite |
13,6 |
2,1 |
Falta de ar |
10 |
30 |
Passa a beber |
5 |
63 |
Tentativa de suicídio |
– |
18,3 |
Como denunciar
A cartilha incentiva o trabalhador assediado a denunciar e explica o que ele deve fazer para comprovar o assédio.
“Para entrar com a ação as provas precisam existir e não podem ser de boca. O ideal é que o trabalhador reúna e-mails, vídeos, gravações que comprovem o assédio”, explica Pozzembom.
Com as provas em mãos, a pessoa assediada deve procurar seu sindicato e fazer a denúncia.
É importante também que os funcionários se unam ao colega assediado e o ajudem a levantar as provas que ele precisa para entrar com a ação, mesmo porque a metralhadora de uma chefia insana cada dia dispara para um lado e pode atingir outras pessoas futuramente.
Gente assim precisa ser contida e nada melhor que uma bela ação trabalhista para colocar esse chefe no devido lugar… ou na rua.
Baixe a cartilha
Sabemos que está difícil conseguir emprego, mas não se intimide!
A cartilha do sindicato é de graça e repetimos, as dicas valem para qualquer profissional.
Ela pode ser baixada pela internet: na página do Sindicato e também na fanpage no Facebook.