Imagem: Reprodução

Uma homenagem da Agência da Boa Notícia

 

Houve um tempo em que o poder do Rádio era tanto que se mantinha o aparelho na Casa, na bolsa, no trabalho, no bar, no carro, em mil lugares para não se perder as notícias, que eram límpidas e a música selecionadíssima por um setor exclusivo para isso.

E foi nesse tempo que aprendi a ouvir Narcelio Limaverde.

Voz bonita , sabia dar um ritmo alegre ao que dizia.

Vindo do Cariri amava Luiz Gonzaga, os integrantes da Banda de Pífaros, Patativa do Assaré (com ele fez matérias quase filiais)e os muitos Canários da época.

Pelos caminhos do jornalismo nos encontramos. A primeira vez parecíamos velhos amigos, expressando para o outro afeições adormecidas.

E passou a existir um tempo para mantermos o carinho e a admiração um pelo outro. Um tempo para trocarmos notícias e voos.

Hoje tem que haver um tempo para olharmos a chuva caindo esta manhã, aqui em Fortaleza, e entendermos que ela anuncia a partida de Narcelio para o Paraíso.

Ele com sua voz linda e risonha, não só será recebido pelos anjos, mas convidado para integrar o grupo dos maestros, mantendo assim a condução melódica da vida e da poesia que ele, Narcelio, soube reger por onde passou, por onde plantou sementes para erguer jardins das multicores roseiras que o mundo tanto precisa.

Fica em paz amigo querido!

Leda Maria Feitosa Souto, escritora e jornalista.

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