Para Érica Ferreira, 21 anos, o judô é motivo de alegria. Treina há quinze anos na Associação Resgate e leva muito a sério o esporte em sua rotina. Hoje, ela sonha com as Olimpíadas de Tóquio, em 2020.
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Érika, aos 6 anos (esquerda), comemorando sua primeira medalha, e hoje, em mais um dia de treino. |
Ao pé da letra o significado da palavra judô é: caminho suave, suavidade. Arte marcial vinda do Japão, chegou ao Brasil em 1922, junto com a imigração japonesa. A técnica une defesa pessoal acoplada ao desenvolvimento físico, espiritual e mental.
No Ceará, há uma associação que utiliza o esporte para envolver crianças e adolescentes em situação de vunerabilidade social, é a Associação Resgate-judô para Todos. Para Érica Ferreira, 21 anos, foi onde tudo começou. Ela treina há 15 anos na instituição. O judô é motivo de alegria e expectativa em sua vida. A judoca se prepara para a realização de um sonho: representar o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020.
Associação Resgate- Judô para todos
A Associação sem fins lucrativos, Resgate – Judô para Todos abriga sonhos e abraça mais de 170 crianças e adolescentes. Começou como uma atividade pontual realizada por um professor voluntário em um espaço cedido pelo Projeto Revarte. Na ocasião, o judoca e professor Cardoso Neto teve a iniciativa de montar um projeto para ensinar as técnicas do esporte gratuitamente.
À medida que a número de adeptos foi crescendo, tornou-se necessário um espaço maior. Em 2013, as atividades passaram a acontecer em dois núcleos, no bairro Messejana no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) e no bairro Sapiranga, onde as aulas acontecem no colégio João Nogueira Jucá. Qualquer pessoa pode participar, as atividades são gratuitas para crianças a partir de cinco anos.
Cardoso Neto é também presidente da Federação Cearense de Judô, entidade que apoia e é parceira da Associação Resgate.
Érika Ferreira
“O esporte entrou na minha vida por acaso. Eu via do portão da minha casa as crianças indo em direção as aulas. Um dia, resolvi saber o que acontecia lá. Bastou o primeiro dia, não deixei mais o judô sair da minha vida”, afirma Érika. A jovem, que treina com um sorriso de satisfação, estará na seletiva nacional, concorrendo a uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020.
“O judô para mim é liberdade, é superação, é a prova de que com dedicação e foco eu posso chegar lá, afirma Érika. Hoje, a atleta está cursando faculdade de Enfermagem, com uma bolsa de estudos que alcançou através do judô. Érika também tem na figura da avó o seu porto seguro. “Minha avó me ensinou tudo. Cuidou de mim e sonha junto comigo o reconhecimento do meu esforço. Devo muito à ela, quero que ela se orgulhe de mim”, declara a atleta.
Desde os nove anos, Érika treina judô na Associação Resgate. Atualmente, ela conta com a sua fé em Deus e com os ensinamentos do professor Cássio Nobre, que a acompanha diariamente.A possibilidade de ter tido um professor e um espaço para treinar gratuitamente fez toda a diferença na busca do sonho da judoca.
Tóquio 2020
A primeira seletiva nacional, tendo em vista as Olimpíadas de Tóquio, irá acontecer nos dias 13 e 14 de janeiro de 2017, em Osasco-SP. O Ceará estará muito bem representado com três atletas cearenses. Uma dessas atletas é a Érika. Ela pretende alcançar uma das vagas nos meio-médios (63kg). “Para mim, representar o Brasil no Japão é algo absurdamente bom. Eu me imagino lá, mas, eu também aprendi com o judô que a atitude vem em primeiro lugar. Estou me preparando por partes, subindo um degrau de cada vez”, completa a judoca.
Diante das despesas ocasionadas por conta da viagem, a Associação Resgate – Judô para Todos está recebendo ajuda com os custos para a seletiva em janeiro.
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