Longa-metragem “Mestras” propõe um passeio pela história de vida dessas mulheres qye perpetuam a riqueza da cultura cearense.

“Porque eu tenho que, eu mesma, gostar de mim e saber do que eu sou, do que eu tenho capacidade, de que sou uma pessoa que fui útil e sou ainda”. A fala, repleta de simplicidade e também de empoderamento, é de Raimundinha Lopes, uma das Mestras da Cultura Cearense retratadas no filme “Mestras”. Além dela, que é referência na arte da renda de bilro, o filme destaca também o talento e relevância de Lúcia Pequeno (louceira), Expedita Moreira (dança de São Gonçalo), Dina Vaqueira (vaqueira e cantora de aboio) e Ana da Rabeca (musicista e tocadora de rabeca).

O longa-metragem, uma produção da RDT em parceria com a Narrativa Entretenimento, teve lançamento em agosto com exibições em quatro municípios do Estado (Meruoca, Limoeiro do Norte, Canindé e Umari). “Mestras” propõe um passeio pela história de vida dessas mulheres e seu entrelaçar com a história dos saberes e fazeres que elas preservam, resguardam e difundem, perpetuando assim a riqueza da cultura cearense. O filmel volta a percorrer cidades do interior, a partir de novembro, e também está em fase de inscrição para participação em festivais.

Foto: Divulgação

Sejam os relatos das próprias Mestras, sejam os depoimentos das pessoas ouvidas na película, é sempre possível vislumbrar o alcance e efeito dos trabalhos dessas mulheres no seu entorno, principalmente por sua atuação na preservação das memórias e tradições da cultura popular. O olhar sensível sobre o fazer e as vivências dessas mulheres mostra ainda a determinação que marca a trajetória de cada uma delas, constituindo assim um retrato sobre o arrojo, a inteligência e o potencial das mulheres nordestinas e cearenses.

O filme de 1h16 tem direção de Ana Patrícia dos Santos, roteiro de Renata Marques e produção de Ronis Tomaz. Contou com o envolvimento de cerca de 25 profissionais cearenses em sua produção, montagem e finalização. Contemplado com o XIV Edital Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), e com distribuição garantida por meio da Lei Paulo Gustavo, através do Edital de apoio ao Audiovisual Cearense – Difusão, Formação e Pesquisa, o longa foi filmado em Umari, Canindé, Tianguá, Trairi e Limoeiro do Norte.

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