De autoria de Paulo Orlando, o monólogo #OiMãezinha será transmitido ao vivo e on line de 27 a 29 de março 

 

Em seu primeiro solo, o ator, produtor, instrumentista e palhaço Paulo Orlando, do Grupo Dona Zefinha, traz uma experiência autobiográfica de suas vivências no universo familiar a partir da ótica de sua mãe. O espetáculo #OiMãezinha será apresentado ao vivo e gratuitamente nos dias 27 e 28 de março (aberto ao público) e 29 de março (para convidados), às 20h, em salas fechadas da plataforma Google Meets. Os ingressos serão distribuídos em 25 de março por meio de link a ser divulgado no perfil @dona.zefinha, no Instagram.

 

O espetáculo terá tradução simultânea em Libras, e será transmitido direto da Casa Teatro Dona Zefinha, em Itapipoca. O Projeto foi contemplado no Arte Livre – Edital de Criação Artística, da Lei Aldir Blanc Ceará, apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura (Secult CE), através do Fundo Estadual da Cultura, com recursos provenientes da lei federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020.

 

Aos 78 anos, dona Angelita, objeto de investigação do Projeto, já tomou as duas doses devidas da vacina contra a Covid-19. Mãe de três filhos homens, é combustível para as lembranças de Paulo Orlando, um dos fundadores do Dona Zefinha. Entre pandemia, clausura e #tbt’s, o artista concebeu o monólogo #OiMãezinha, pensado para ser transmitido ao vivo pela Internet. O espetáculo une a experiência do teatro com o ambiente tecnológico amplamente utilizado no contexto pandêmico, num experimento estético que é um marco na carreira do Grupo, tão acostumado com os palcos e a proximidade com o público.

 

O trabalho reflete sobre como a personagem enfrentou a cultura machista durante a busca pela boa condução da criação dos filhos, a convivência com o marido e as memórias do pai. De forma descontraída, o ator nos faz refletir ainda sobre a importância do afeto, limites e valores cultivados nas relações familiares. “O ato de contar, narrar e imitar uns aos outros sempre nos propiciou caminhar nesse lugar de lembrança e não foi diferente utilizar a forma, as narrativas, os trejeitos e contextos característicos e tão únicos de nossa mãe”, conta Paulo. “Rimos, nos emocionamos, orgulhamo-nos e nos divertimos com sua personalidade forte, intrigante, excêntrica, majestosa e toda sua carga histórica”.

 

O diretor e editor Orlângelo Leal, irmão de Paulo, lembra ainda toda a influência de dona Angelita na formação artística dos filhos. “Ela teve uma vida boa em Iguatu, cidade de origem, e foi muito ativa em sua juventude. Estudou canto orfeônico, francês… tocou bandolim, sanfona”, conta. A escolha pela transmissão ao vivo, sujeita aos imprevistos comuns do ambiente online, é movida pelo desejo de resgatar a experiência no teatro, impossibilitada atualmente devido à pandemia do coronavírus. “Eu gosto de ver o ator atuando ali, naquele espaço-tempo, a sensação de que eu estou junto com ele, pegando a ‘pira’ do artista”, diz. Após o período de isolamento social, a previsão é de que o espetáculo seja realizado presencialmente, seguindo as devidas medidas sanitárias.

O grupo Dona Zefinha já fez turnê em 13 países e lançou 05 álbuns desde o ano 2000. Recentemente foi reconhecida pelo Museu Orgânico de Fortaleza como um dos 50 artistas mais influentes do Ceará. Oriundos do interior, o grupo surge na cena cultural no final dos anos 90 em plena efervescência musical daquele período, tornando-se um dos fundadores do Movimento Cabaçal. Mesclando elementos da performance, humor e interatividade, já percorreu cidades do interior cearense, de Norte a Sul, no litoral, na serra e nos sertões, deixando fãs por onde passa. O nome Dona Zefinha, foi inspirado na cuidadora dos irmãos fundadores: Orlângelo Leal, Ângelo Márcio e Paulo Orlando, personagem muito presente em sua infância e que remete ao cenário cultural da região do Cariri do Ceará, berço do trio. A amada senhora faleceu recentemente e deixa saudades nos artistas que a conheceram. As apresentações também serão uma homenagem a ela. “Zefinha foi à feira lá no Beco da Poeira”

 

#OiMãezinha

Quando: 27 e 28 de março, aberto ao público, e 29 de março para convidados. Sempre às 20h.

Onde: Salas fechadas na plataforma Google Meets. Transmissão via Zoom.

Ingressos: Link a ser divulgado em 25 de março na bio do perfil @dona.zefinha, no Instagram.

 

Ficha técnica de #OiMãezinha

Argumentos/atuação: Paulo Orlando.

Imagens/Figurinos: Joélia Braga.

Provocações: Erivaldo Oliveira, Bruno Parmera.

Direção/Edição: Orlângelo.

Preparação corporal: Rafaela Lima.

Assistente Técnico: Artur Braga.

Produção: Casa de Teatro Dona Zefinha.

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