No último domingo (1º), o Papa Francisco emitiu mensagem alusiva ao Dia Mundial das Comunicações Sociais defendendo a “comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro”.  No texto, ele destaca a evolução e rapidez dos transportes e das tecnologias de comunicação que aproximam os povos. No entanto, o Papa denuncia: “O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas econômicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.”


Para o Papa Francisco, “os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna”. Ele é favorável ao uso da internet  por oferecer “maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos” e destaca: “isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.” Alerta, porém, que “o desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluída.”


Diz ainda que “não basta circular pelas ‘estradas’ digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos.” Para que a comunicação esteja realmente a serviço da “autêntica cultura do encontro”, Papa Francisco relembra a Parábola do Bom Samaritano, também considerada por ele “uma parábola do comunicador”.


Assim como na história evangélica o levita e o sacerdote, ao contrário do samaritano, não enxergaram no homem ferido à beira da estrada um próximo, o Papa adverte para o risco “de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.” Por isso, reforça a necessidade de entendermos que “ comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus”. E para ele, o poder da comunicação pode ser definido como proximidade. “A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas”, afirma.


Leia a mensagem do Papa Francisco na íntegra. www.pccs.it/gmcs/documenti/html/por/gmcs/48_gmcs_por.htm

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