Meu pai, Francisco Clodomir, sempre me disse: “O homem é a soma de suas convivências. Após lermos um livro ou nos emocionarmos com um filme, por exemplo, já não somos mais a mesma pessoa”. Sábias palavras. Isso é a mais pura verdade. Sempre gostei de ir ao cinema e confesso que ali, naquele escurinho, já renasci várias vezes em uma mesma vida!
“Doonby- Todos têm o direito de ser alguém” é uma dessas obras primas que nos tocam fundo n’alma e nos fazem sair leves e renovados da sala de projeção.
Uma combinação perfeita de romance e suspense policial, mas com uma poderosa mensagem de Paz que vai direto ao coração de cada espectador, especialmente em tempos difíceis pelos quais passa a humanidade.
O engraçado é que o filme tem uma percepção diferente para cada um. Tem a capacidade de se comunicar individualmente e de acordo com a evolução espiritual de cada pessoa. Talvez, por isso, as impressões do público são as mais variadas possíveis e não é incomum, após a exibição, encontrar por alguns minutos homens e mulheres completamente estáticos e reflexivos sobre a benção que é cada relação de amor ou de amizade que construímos aqui na Terra com cada Ser.
Não por acaso que Doonby tenha sido uma dos poucas produções cinematográficas no mundo a conseguir a proeza de ser recomendado pelo Vaticano.
Outro ponto alto do filme é a seleção exclusiva de músicas, cantadas pelo próprios atores, já que uma parte da história se passa em uma casa noturna que fica em uma pequena cidade do interior do Texas. Detalhe; a cidade é real. Chama-se Smithville e, de fato, coisas estranhas e pitorescas aconteceram durante as gravações por lá…
Aliás, o filme conseguiu juntar renomados artistas em seu elenco, como Jonh Schneiden, Ernie Hudson, Joe Estevez e Jenniffer O´Neill. Esta última nasceu “por acaso” no Brasil e já ganhou até Oscar por sua atuação no filme “Verão de 42” (Summer of 42).
Quando assisti a este longa, nos Estados Unidos, antes mesmo de sua estréia na Europa, fui correndo procurar os responsáveis pois, intuitivamente, sabia que Doonby encontraria um terreno fértil no imaginário dos brasileiros.
Me reuni com um senhor inglês muito distinto e educado. O nome dele é Peter Mackensie, nada menos que o produtor e diretor do filme. Ele é um idealista nato, que passou 35 anos para realizar “o sonho de Doonky” . Sim! Mais de três décadas, desde a inspiração da idéia até a exibição na telona. Peter, que também é premiadíssimo internacionalmente por sua carreira na área de propaganda (fez mais de 300 comerciais para a televisão), não “contou pipoca” e aceitou de pronto o convite para vir ao Brasil promover o filme, que estreiou aqui no dia 16/06. Ele já está encantado com o país, sobretudo, com a Espiritualidade de nosso povo e tem convidado, com ênfase e entusiasmo, a todos para uma inesquecível e luminosa jornada, através da sétima arte.
Doonby tem realmente algo de muito especial e é, ao meu ver, um verdadeiro presente de Deus para o Brasil.
Luís Eduardo Girão (legirao@hotmail.com) é diretor da produtora Estação Luz Filmes, que está estreando, através de Doonby, como distribuidora.