Conhecer o diagnóstico de um filho diferente não é uma notícia fácil de receber. Superado o luto, as perguntas se atropelam no cotidiano das famílias e é frequente faltarem apoio e orientação. O dia 2 de abril foi decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU) o Dia Mundial de Consciência sobre o Autismo para que a sociedade e os diferentes níveis de gestão pública repensem a situação das pessoas com Autismo sob a ótica dos Direitos Humanos. À frente das comemorações para marcar a data no Ceará, a Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça) convida ao debate sobre “Pessoa Autista e Família: a Inclusão começa em casa” e realiza uma programação diversificada, que teve início na tarde dessa segunda-feira, dia 30, com uma audiência pública na Assembleia Legislativa.

 

Pessoas com Autismo, familiares, profissionais e interessados participam de rodas de conversas com autistas e familiares sobre a importância da família no processo. A ideia é reconhecer que a pessoa autista deve ser inserida e reconhecida na família e até criar sua própria família. A audiência pública na Assembleia Legislativa discutiu a situação local, principalmente se a Lei 12.764/2012 está sendo aplicada corretamente; um seminário na Universidade Estadual do Ceará (UECE), nesta terça (31) e quarta-feira (1º) leva o debate para a academia; e, uma manifestação, no dia 2 de abril, quinta-feira, na estátua de Iracema, convida a sociedade em geral para uma reflexão do assunto.

 

A programação é organizada pela Associação Brasileira para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (Abraça) que este ano conta com o apoio do Laboratório de Pesquisa e Estudo em Serviço Social (LAPESS), da Uece, que realiza o I Seminário de Conscientização do Autismo: refletindo suas singularidades e política de acesso aos direitos sociais, que acontecerá no auditório Paulo Petrola, no prédio da Reitoria da Universidade. Sob a responsabilidade da profa. Dra. Adinari Moreira de Sousa, o seminário pretende sensibilizar a comunidade acadêmica para conhecer e estudar o tema.

 

A família, o estado e a sociedade devem caminhar juntos combatendo todas as formas de preconceitos e discriminação, construindo um mundo mais inclusivo que permita às pessoas autistas mostrarem todo seu potencial. Mas, é comum ainda que as famílias assimilem preconceitos e concepções equivocadas acerca do Autismo e das deficiências que permeiam o meio social, se constituindo num componente reforçador de estigmas e das barreiras que levam à exclusão e segregação.

 

Para o presidente da Abraça, Alexandre Mapurunga, não se perde direitos por ser autista. “Crianças, jovens e adultos com autismo gozam de iguais direitos e dignidade que as demais pessoas. E, se necessário for, devem ter garantidos os apoios e adaptações razoáveis para o exercício desses direitos.” A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD) reconhece o papel crucial da família para o desenvolvimento das pessoas autistas, determinante no enfrentamento das barreiras impostas pela sociedade e na promoção do seu desenvolvimento de forma inclusiva.

 
Mais informações

http://abraca.autismobrasil.org/pessoa-autista-e-familia-inclusao-comeca-em-casa/

 
Assessoria de Imprensa: (85) 8842-3628

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here