Na terça-feira, 24/7, a Fraternidade Sacerdotal Jesus+Caritas, o Instituto Sodalício Carlos de Foucauld e o Instituto Secular Charles de Foucauld  realizam o  “Dia de Reflexão e Ação de Graças” pelo Centenário de Nascimento de Dom Francisco  Hélio Campos, culminando com Santa Missa as 18 horas na Paróquia de Santo Afonso.

Ele nasceu em Quixeramobim em 24/07/1912, filho de Francisco Cordeiro Campos e Belarmina Gomes Campos. Foram seus irmãos: Gerardo Campos (padre), Hilza, Vilma e Inês (freiras), José Nanges e Raimundo Felinto. Batizado em Itatira. Ordenou-se em 05/8/1937. Foi Vigário: no Mucuripe, Senador Pompeu, Pedra Branca, Mineirolândia, Jacarecanga, Pirambu e Mondubim; Vigário Coordenador: Redenção e na Matriz do Carmo; Capelão: Hospital Psiquiátrico, Instituto Beneficente S. José e Casa de Saúde S. Gerardo; Patrono: Cascavel. Em março de 1958 assume a função de Vigário Ecônomo Paróquia de N.Sra. das Graças, Pirambu, por  10 anos e fez admirável trabalho. Em 6/7/1969 foi sagrado Bispo por Dom Delgado, e em 03/8 assumiu a Diocese de Viana/Maranhão.  Faleceu em 23/1/1975.

 “No Ceará, no século passado, a Igreja Católica foi prodigamente favorecida com o ministério e a ação pastoral de um grande sacerdote…” Disse o Padre Geovane Saraiva – Pároco de Santo Afonso – referindo-se ao Padre Hélio. E enfatizou: “Para ele os pobres eram por demais preciosos e estavam não só na sua mente e no seu coração, mas no centro do seu trabalho eclesial, dando-lhes extrema importância, pois através deles, a Igreja se aproximava e se fortificava no seu sonho maior, no sentido de se manter viva e fiel ao espírito do Evangelho, consciente de que o salutar processo de evangelização, no tempo vivido por ele, tinha que se transformar num processo de discernimento”.

 

No Pirambu (rua Nossa Senhora das Graças, 390) encontrei o Contador aposentado José Pereira de Brito que  trabalhou com o Padre Hélio em suas lutas e tem muitos relatos. O Pirambu era um depósito de flagelados da seca que, jogados na Francisco Sá (Caminho do Urubu), armavam seus barracos nos morros da praia, isolados da Fortaleza dos ricos. Era local de desova de cadáveres e, sem culpa, pegou o estigma de violento; radiadoras, gafieiras, bebidas, prostituição… Padre Hélio foi incansável na socialização do Pirambu resolvia tudo. Em 1/1/1962 comandou a “Marcha pelo Pirambu”: 30 mil pessoas a pé até a Praça da Sé sendo recebidas pelo Governador. Começa a promoção do Pirambu. Padre Hélio funda o Centro Social Paroquial Lar de Todos onde cria a escola que originou a hoje Escola de Ensino Fundamental Centro Educacional D. Hélio Campos. Foi um homem da paz, da fraternidade e da justiça!

Paulo Tadeu é jornalista – paulotadeus@gmail.com

 

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